Em Durban, na África do Sul, iniciou-se hoje a 17ª cimeira sobre as alterações climatéricas.
Esta é talvez, depois do falhanço da Cimeira de Copenhaga, a última oportunidade par a humanidade chegar a acordo e iniciar medidas de combate às perigosas alterações climatéricas que se avizinham.
Segundo alguns especialistas, não teremos mais de dois ou três anos para evitar o ponto de não retorno nas alterações climatéricas que podem conduzir a humanidade à catástrofe.
Infelizmente existem muitos interesses em jogo, desde os grandes interesses económicos ligados ao consumo desenfreado de matérias-primas e de petróleo, aos interesses dos chamados países emergentes, que se acham no direito de imitar o modelo consumista ocidental, e aos interesses do ocidente que construi um modelo de economia baseado num modelo de consumo desenfreado e de crescimento ilimitado, do qual não quer largar mão.
Vai ser muito difícil chegar a um acordo, ainda por cima num momento de crise financeira no ocidente, onde as preocupações e medidas ambientais são vistas mais como um peso nos seus orçamentos deficitários, do que numa ajuda para solucionar esta crise, que é, também, uma crise daquele modelo de desenvolvimento.
As perspectivas desta cimeira não são assim muito animadoras e, se voltar a falhar, será bom que nos preparemos para uma mudança irreversível do clima, com graves consequências para todos nós e, ainda mais, para o bem-estar das gerações futuras.
É evidente, para quem queira ver, que o modelo de desenvolvimento e crescimento capitalista está moribundo. Não é possível manter nem o crescimento contínuo das economias, nem os níveis de consumo a que nos habituámos, sem destruir o planeta.
As esperanças para uma solução duradoura são poucas, mas, quem sabe, se, apesar das baixas expectativas desta conferência, não vamos ter uma surpresa, chegando-se a um acordo global?
Seja como for, esta é a última oportunidade para travarmos a destruição ambiental do planeta.
COP17 | CMP7 (clicar para aceder ao site oficial da conferência)
Também podem aceder ao blog que a Quercus dedica ao assunto, seguindo essa conferência hora a hora, AQUI.
Sem comentários:
Enviar um comentário