Depois das exposições dedicadas a Willy Ronis (2005 – 2006) e a Doisneau (2006-2007), o Município de Paris abriu, em finais de Janeiro, uma exposição dedicada a Iziz, “fotógrafo-poeta”, um nome injustamente esquecido.
A exposição, intitulada “Izis, Paris des rêves” e que reúne mais de 240 fotografias desse fotógrafo, está patente no Hotel de Ville de Paris, procurando reparar a injustiça do esquecimento que recaiu sobre a obra desse fotógrafo.
Izis é o pseudónimo do fotógrafo Izraëlis Bidermanas, nascido na Lituânia em 1911, país que abandonou com 19 anos para se instalar em Paris, onde começou a trabalhar como ajudante num estúdio de fotografia.
Quando os nazis entraram em Paris, fugiu para o sul da França, onde trabalhou para fotógrafos locais, adoptando o nome de Izis na clandestinidade da resistência.
Quando da libertação realizou vários retratos de homenagem aos “maquis” de Grammont.
Regressando a Paris começou a trabalhar para a revista “Paris Match”. Para esta revista ficaram célebres as suas fotografias de Marc Chagall.
Sendo Paris o tema principal dos seus trabalhos presentes na exposição, inclui igualmente fotografias de Londres e de Israel.
Outro tema central da exposição são os numerosos retratos de artistas e escritores, como Colette ou Prévert, este último com quem partilhou uma longa amizade, reforçada pelas incursões que juntos fizeram pela cidade de Paris e por Londres.
Com Eluard, Cendrars, Cocteau e cerca de outros quarenta escritores publicou o livro “Paris des rêves”, editado por Izis em 1950, onde cada fotografia sua é acompanhada por um poema ou um texto desses poetas e escritores.
Uma exposição a não perder para quem visitar Paris, que é a primeira grande retrospectiva sobre Izis desde o seu falecimento em 1980.
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