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domingo, 7 de fevereiro de 2010

..O futebol é que "induca"!

(in Público)

Foi durante um governo de Cavaco Silva, em 1989, que surgiu, da parte de António Mega Ferreira e Vasco Graça Moura, ambos então à frente da comissão para as comemorações dos 500 anos dos Descobrimentos portugueses, a ideia de se realizar uma Exposição Universal em Lisboa.

Acabou por ser o governo de Guterres a executar esse projecto, sob a direcção do melhor Ministro da Cultura que Portugal alguma vez teve, Manuel Maria Carrilho.

Acreditava-se então que esse evento, com grande impacto cultural, abria as portas de Portugal ao mundo. A montra da EXPO 98 parecia representar uma nova era de desenvolvimento e modernidade e até de postura civilizacional por parte dos portugueses. A aposta num evento desta envergadura, com uma forte componente cultural e educativa, parecia representar uma ruptura com um passado de provincianismo bacoco, de “fado”, Fátima” e “Futebol”.

Sol de pouca dura…

O destino urbanístico do espaço da Expo foi o desastre que se tem visto e, rapidamente, se esqueceu a mensagem civilizacional da Exposição para se investir num novo evento, desta vez mais de acordo com os “gostos da populaça”, a realização de um Europeu de Futebol.

O grande inspirador do lançamento dessa iniciativa foi, nem mais nem menos que… José Sócrates…então Ministro Adjunto de Guterres.
Foi ele que lançou a candidatura de Portugal ao Euro 2004.
Mais uma vez as circunstâncias políticas fizeram com que, quem teve de cumprir o pesado compromisso dessa iniciativa tivesse sido um governo diferente, o de Durão Barroso.

Mas o ónus dessa iniciativa iniciou o descalabro financeiro do país. Os mastodônticos estádios de futebol foram de um despesismos que ainda hoje estamos a pagar.

É essa situação que aparece hoje denunciada numa reportagem do suplemento Cidades do Público, que pode ser lida AQUI.

… e ainda querem o Mundial? Esta gente do PS não tem juízo!

1 comentário:

Anónimo disse...

A memória prega-nos partidas. É sempre mais curta do que parece e muito condicionada pelos afectos. Apesar de estar nos antípodas da área do meu voto, o melhor ministro da cultura que Portugal já teve foi , indubitavelmente, Lucas Pires.