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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

COLIGAÇÃO NEGATIVA : INDIGNAÇÃO/INQUIETAÇÃO

(Fonte: Joa de Arievilo, blog Joa Cartoons)


1ª frase: - “O tráfico de influências é um dos maiores problemas do país (…). Onde é que está o centro da corrupção grave em Portugal? Eu digo que está no sector político e vai ver se eles não assobiam para o ar… Bom, diz-se muita coisa, mas depois não se prova, até porque ninguém quer que se aprove”.

2ª frase – [Sócrates] deve abandonar o governo “para bem do país” e da situação económica nacional. “Temos uma liderança extremamente debilitada, que faz todos os esforços, no plano mediático, para mostrar dinamismo. Mas está muito fragilizada e não dá qualquer confiança ao país”.

Não, as frases transcritas não têm origem na oposição ao governo. A primeira foi proferida por João Cravinho este fim-de-semana e a segunda pelo ex-deputado do PS Ventura Leite, ambas a propósito do escândalo Face Oculta.

Uma das frases mais ouvidas pelos defensores de Sócrates é a de que as actuais denúncias partem de uma “coligação negativa”.

A verdadeira “coligação negativa”, com efeitos devastadores sobre o país, é a coligação há longo tempo urdida , de um grupo de políticos carreiristas, alguns banqueiros com falta de ética, altos dirigentes da administração pública de nomeação política, gabinetes de advogados em busca de fortuna fácil, pouco escrupulosos altos responsáveis pela justiça em Portugal e “sucateiros” de origem obscura.

O drama é que essa coligação assenta na legitimidade democrática de umas eleições realizadas recentemente e nas próprias leis que regem o país.

O drama é que, num dos governos onde podemos encontrar mais gente competente, séria e responsável por quilómetro quadrado, concorde-se ou não com as suas políticas, o “problema” que tem de ter “solução”, para citar o próprio, é a liderança do primeiro-ministro José Sócrates.

Contra essa tenebrosa “coligação negativa” dirigida por Sócrates, há que reforçar a “coligação negativa” da indignação e da inquietação.

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