Quando é que começou esta onda de corrupção envolvendo políticos do “centrão”
(ou do “arco do poder”)?
Vão lá atrás, às privatizações da banca e dos grandes sectores de
actividade, feitas à pressa, em troca de favores (“eu dou-te o banco, tu dás-me
um lugar para mim ou para um boy meu”). Investiguem os envolvidos, os grandes
accionistas, os responsáveis pelas leis favoráveis feitas à medida, os “conselhos
de administração” (havia um ministro de um governo PSD, hoje responsável por
uma grande empresa de comunicações, que se gabava de administrar….13
empresas!!!!).
Vão lá atrás, ao início da chegada em “barda” dos fundos europeus,
usados por “empresas” criadas à pressa por quem controlava o poder politico (o “cavaquista”
logo à partida…mas outros se seguiram, culminando no “socratismo”…) e distribuído
de acordo com leis feitas à medida, elaborada por conhecidos escritórios de
advogados, onde trabalhavam ( e trabalham) conhecidas figuras da politica do “centrão”.
Vão lá atrás, às concessões de pontes e auto-estradas, às concessões Público-privadas, aos grandes
eventos que desbarataram fundos europeus, vejam quem lucrou, quem administrou e
geriu….
Vão lá atrás, ao mundo do futebol, a grande máquina de lavar dinheiro,
onde circulam em promiscuidade conhecidos políticos, jornalistas, autarcas,
dirigentes de associações profissionais….
Vão lá atrás, ao vasto mundo das autarquias, das empresas municipais,
dos concursos feitos à medida de boys e girls, esse autêntico “centrão dos
pequeninos”…
Vão lá atrás, aos boys e girls nomeados para as administrações
públicas, com salários e condições com
que os verdadeiros funcionários públicos nem sonham…
Vão lá atrás, à história das universidade privadas e dos politécnicos,
muitas delas feitas para empregar políticos no desempego, outras para “ajeitar”
currículos de “jotinhas” candidatos à carreira politica...
Depois cruzem todos esses dados, todas as histórias de vida dessa
gente, e talvez descubram que Sócrates é “apenas” uma gota no oceano.
Recentemente um estudo da CGTP mostrava que o salário mínimo em
Portugal, se tivesse em conta a inflação e a produtividade, com base na
realidade de 1974, devia estar hoje nos 1400 euros.
A diferença entre os 585 actuais e os 1400 onde devia estar, vão encontra-la
no bolso daquela gente…
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