Passos Coelho, enquanto governante, nunca primou pelo respeito para com
os cidadãos.
Sabe-se hoje que o “ir além da troika”e o “não havia alternativa”, com
todos os custos socias e humanos que essa atitude acarretou, foi
ideologicamente intencional, pois, como o revelou o jornal Público este fim-de-semana, havia
margem para negociar e aplicar a austeridade com menos custos sociais (entre os quais...o aumento provado de casos de suicídio!!!).
Até à tragédia de Pedrogão Grande, Passos Coelho era um cadáver político
adiado até às eleições autárquicas, um politico ressabiado.
Eis senão quando o tão prometido e desejado “diabo” assola o país, levando consigo
64 portugueses, provocando centenas de feridos, destruindo casas, animais e plantas
em número incalculável.
Passos Coelho rejubilou, viu aí a grande oportunidade de renascimento
das cinzas.
Teve para isso o apoio imoral e desumano dos gobelzinhos da comunicação social que estiveram
ao serviço da propaganda da sua austeridade, os quais,rapidamente, ainda com o fogo
por debelar e os mortos por enterrar, exigiram que rolassem cabeças.
Tudo começou no mesmo dia, quando, num debate na RTP 1 a tropa fandanga
do “Observador” quis fazer comparações absurdas e abjetas com o caso de
Entre-Os-Rios, e, minutos depois, uma jornalista em directo na SIC (embora
talvez não fosse da SIC, não deu para ver na confusão de jornalistas) quase convidava
a ministra da administração interna a demitir-se!!!!
O mote estava dada e toda a tropa fandanga de jornalistas/comentadores
da austeridade, acolitados maioritariamente no “Observador”, mas com agentes
cada vez mais activos no “Público”, no “Expresso” e nas televisões (com destaque
para a SIC e TVI) alinhava pelo mesmo diapasão, exigindo cabeças e que a “culpa não morresse solteira”.
Passos Coelho viu aí o filão para a sua ressurreição, mas acabou por
dar um tiro no pé, ao deixar que o seu oportunismo político e a sua falta de humanidade,
pegando de forma abjeta em boatos, o levasse
a anunciar, entusiasticamente, a existência de um número indeterminado de suicídios,
como prova de culpa do governo da geringonça.
Passos Coelho e os seus entusiásticos apoiantes na comunicação social
desejavam que “rolassem cabeças”.
Arriscam-se a que a primeira
cabeça a “rolar” seja a de Passos Coelho…
…e já agora vejam se têm mais respeito pelas vitimas desta tragédia!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário