É assim que devemos encarar mais uma estrondosa derrota eleitoral para o
politburo de Bruxelas, desta vez em Itália.
Qualquer referendo ou eleição que seja apresentada como o de se decidir
a favor ou contra a União Europeia, representa sempre uma derrota, sempre mais
avassaladora que a anterior, para os cegos burocratas de Bruxelas.
Os cidadão europeus revelam assim
todo o seu asco pelo politburo antidemocrático que rege os actuais
destinos da União Europeia e que apenas nos oferece austeridade, austeridade e
mais austeridade..
Mesmo sem olhar para as consequências, os cidadãos europeus rejeitam
tudo o que cheire a “Bruxelas”, mesmo que, como acontecia com o referendo em
Itália, até estivessem em causa decisões justas e fundamentais para renovar o
panorama político local.
O desastre só não se repetiu na Áustria porque aí estavam em causa
valores mais profundas e, diga-se em abono da verdade, o candidato que se
apresentava como alternativa ao candidato de um partido assumidamente nazi era
um candidato de esquerda, que não vinha do velho centrão e que demonstra que é
possível defender o projecto Europeu com um projecto alternativo ao
neoliberalismo e à austeridade…mesmo assim não é caso para festejar, já que,
naquele país, a extrema-direita já é o partido maioritário…
Enquanto o politburo de Bruxelas continuar a reger-se pela agenda neoliberal de defender a
austeridade, o sector financeiro e o euro contra os cidadãos, os seus direitos
e o Estado Social, vamos a continuara a assistir ao avanço da extrema-direita
populista e à derrota de qualquer projecto de “reforma estrutural”, mesmo
desafiando a racionalidade das decisões, como aconteceu na Grã-Bretanha e agora
na Itália…
…continuem pois cegos, surdos e mudos…e vão ver onde tudo isto vai
parar…
Sem comentários:
Enviar um comentário