Apesar de não existirem notícias de fontes independentes sobre a batalha pela
libertação de Alepo, não há duvida que esta cidade se tornou um símbolo (mais
um…) do sofrimento humano.
De quem é a culpa? Do regime ditatorial Sírio e da Rússia que não olham
a meios nem a alvos para controlarem a cidade mártir? Dos terroristas apoiados
pelo ocidente que fazem as populações reféns das suas atrocidade?
Para isto não
tenho resposta.
O que eu sei é que aquela população tem sofrido o que é humanamente
insuportável, entalada entre os cegos bombardeamentos dos canhões do regime e da
aviação russa e as atrocidades dos terroristas apoiados pelo ocidente e pela
Turquia.
O que eu sei é que vejo imagens (manipuladas?) de alegria dos
habitantes que fogem para o lado da cidade controlada pelo exército sírio, enquanto outros fogem em desespero para território controlado pelos terroristas associados à Al Qaeda ou ao Daesh.
O que eu sei é que este é o trágico resultado da desastrosa “primavera
árabe” e da tentativa de “exportar a democracia” para países como o Iraque, a
Síria ou a Líbia, como se a democracia se construísse com guerras e invasões ou
apoiando militarmente “oposições” formadas por fanáticos e não na vontade das
populações que as sofrem no terreno.
O que eu sei é que existem dois pesos duas medidas e as forças apoiadas
por Assad, pelo Irão ou pela Rússia são justamente condenados pelas atrocidades
cometidas, mas as forças apoiadas pela Arábia Saudita, pela Turquia e pelos Estados
Unidos podem cometer as mesmas atrocidades, naquela ou noutras cidades do Médio
Oriente ou do Norte de Africa, e são elogiadas porque são
combatentes da “liberdade” e da “democracia” .
Eu sou Alepo…mas também sou Palmira, também sou Mossul, também sou Tripoli, também sou
Cairo, também sou Damasco, e.... também sou……….humanidade!!!!!
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