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quinta-feira, 19 de março de 2015

Primeira lei do novo Governo grego é de luta contra a pobreza...burocratas(credores!!!?) da União Europeia reagem com ameaças...


A primeira lei aprovada pelo novo parlamento grego teve em vista responder à crise humanitária provocada por cinco anos de austeridade imposta pela troika:


Entre as medidas previstas nessa lei estão medidas tão "extremistas" e "irresponsáveis", aos olhos da Comissão Europeia, do Eurogrupo e do BCE, como fornecer 300kw de electricidade gratuita até ao fim do ano às famílias que a não podem pagar, apoiar arrendamentos, com 70 a 220 euros mensais, para evitar a tragédia dos despejos ou auxiliar desempregados que ficaram sem Segurança Social e, por isso sem os mais elementares direitos a cuidados de saúde.

A esmagadora maioria dos partidos representados no parlamento grego aprovaram essa lei, entre eles partidos tão "extremistas" como a Nova Democracia e o PASOK.

A resposta dos verdadeiros extremistas e fanáticos, aqueles que estão em Bruxelas, Frankfurt ou Berlim  foi a que se pode ler na notícia seguinte:

Bruxelas tenta vetar leis anticrise humanitária na Grécia(clicar para ler).

Os mesmos burocratas que andam tão preocupados com os gastos com o combate à pobreza na Grécia, e que foram os mesmos que tiveram as mesmas reacções extremistas e fanáticas ameaçando Portugal quando por cá se aumentou miseravelmente o já de si miserável salário mínimo, são os mesmos que andaram a facilitar a fuga ao fisco de grandes empresas em países europeus, no valor de biliões de euros, beneficiando o Estado luxemburguês, são os mesmos que vêem de países, como a Holanda, que funciona como um paraíso fiscal que permite, por exemplo, que quase todas as vinte maiores empresas portuguesas não paguem impostos em Portugal, no valor de muitas dezenas de milhões de euros, são os mesmos que vêem de países, como a Alemanha e a Finlândia, cuja economia e  bancos têm sido os principais a beneficiar com a crise e a política de "terra queimada" das medidas de austeridade levadas a cabo nos países periféricos e são os mesmos que, ainda ontem, inauguravam um edifício em Frankfurt que custou mais de mil milhões de euros.

Como europeu, sinto cada vez mais nojo e vergonha dos burocratas e políticos que dirigem as instituições europeias que nos (des)governam!!!

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