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segunda-feira, 23 de março de 2015

Em França e em Espanha os eleitores europeus mostraram o cartão amarelo aos Burocratas de Bruxelas e Berlim…o vermelho está já aí!



Os resultados das eleições regionais na Andaluzia e em França não foram o desastre que se previa para os partidos do centrão, mas foram um forte aviso de protesto contra as  políticas “austeritárias” impostas por  Bruxelas e Berlim aos cidadãos europeus.

Em França o Partido Socialista quase que desapareceu e parece condenado aos destino do PASOK, mostrando que a “terceira via”, fundada pelo oportunista Tony Blair, que procurava conciliar neoliberalismo e austeridade com a “social-democracia”, está morta e enterrada com o último dos seus émulos, o actual primeiro-ministro francês Valls.

Está provado que, quando os partidos ditos social-democratas desrespeitam a vontade dos seus eleitores e a sua própria ideologia e se entregam à politica neoliberal imposta por Bruxelas e Berlim, estão a cavar a sua própria sepultura e, pior do que isso, a abrir o caminho ao populismo e extremismo da direita.

Em Espanha o PSOE, apesar de ter sido o mais votado, perdeu a maioria absoluta numa região que historicamente tem sido o “feudo” desse partido e apenas não terá colapsado porque não está neste momento no poder e os eleitores quiseram condenar aqueles que representam o “rosto” das políticas “austeritárias” impostas por  Bruxelas e Berlim, o PP de Rajoy.

A situação também não foi pior para os partidos da austeridade porque, apesar de tudo a lógica de eleições regionais é diferente da lógica nacional e, além disso, em termos regionais, os partidos do protesto ainda não estão devidamente implantados como o estão os velhos partidos tradicionais.

Os eleitores europeus quiseram desta vez ficar pelo aviso aos que detêm o poder nos seus repectivos países, aqueles que são os executantes das políticas anti-sociais e austeritárias impostas pela Comissão Europeia, pelo BCE e pelo Eurogrupo.

Se, depois do que aconteceu nas eleições europeias do ano passado, do que aconteceu na Grécia no início deste ano e do que aconteceu agora em Espanha e em França, essas instituições e os seus burocratas continuarem a insistir nas suas políticas de austeridade e de destruição do Estado Social, então é a democracia e o projecto europeu que começam a estar em risco na Europa.

Por enquanto os eleitores europeus ficaram-se por mostrar o cartão amarelo…mas já falta pouco para  sacarem do cartão vermelho.


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