Foi inaugurada no passado dia 12 de Fevereiro, no Centro Pompidou emParis, a exposição retrospectiva da obra de Henri Cartier-Bresson.
Revistas como o “Le Nouvel Observateur” ou o “L’Objet d’Arte”
dedicam-lhe duas excelentes edições, que podem ser encontradas nos quiosques
portugueses.
Nascido em 22 de Agosto de 1908, Cartier-Bresson começou por desejar
ser pintor, tendo recebido lições de pintura e participado em exposições.
Ainda nas décadas de 30 e 40 havia realizou alguns documentários
cinematográficos, um sobre os hospitais republicanos durante a Guerra Civil de
Espanha, e outro sobre os prisioneiros da Segunda Guerra.
Mas foi a fotografia que se tornou a sua principal paixão, muito por
causa das suas viagens durante a juventude por vários continentes, para
acompanhar os negócios da família (o seu pai era dono da fábrica de tecidos
CD).
Ao longo dos anos 30 foi consolidando a sua tendência política de
esquerda, a aprofundou a sua opção pela foto-reportagem comprometida, mas à
qual soube dar um cunho pessoal criativo, muito influenciada pela sua ligação
às vanguardas artísticas da época.
Mas foi a sua reportagem sobre a libertação de Paris em 1944,
encomendada pelos serviços secretos militares dos Estados Unidos, que o
tornaram um fotógrafo famoso.
Em 1947 junta-se a outros foto-repórteres que se formaram durante os
anos de guerra e cria a primeira agência fotográfica independente e
cooperativa, a Magnum, ao serviço da qual vai realizar várias reportagens na
Índia, no Paquistão, na China maoista, na Cuba castrista, no Canadá,
tornando-se o primeiro fotógrafo ocidental a entrar na União Soviética depois
da Segunda Guerra.
Colabora nas famosas revistas Vu, Life e Paris-Match.
A partir de 1974 dedica-se cada vez mais ao desenho e à pintura.
A sua maneira de fotografar tornou famosa a frase “instante decisivo”,
como referência ao momento exacto para captar uma foto interessante.
Falecido em vésperas de completar os 96 anos, em 3 de Agosto de 2004,
esta exposição agora disponível no Centro Pompidou recorda a sua obra e pode
ser visitada até ao próximo dia 9 de Junho, seguindo depois para Madrid, onde
será inaugurada em data ainda não anunciada.
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