A Vitória de Holland em França e a derrota dos lacaios
locais da srª Merkel na Grécia e na Itália, mais o ataque dos “mercado” à
Espanha, andam a por loucos os defensores do modelo de austeridade para a “recuperação”
da Europa.
Como baratas tontas, multiplicam-se as declarações da srª
Merkel, do Durão Barroso, dos comissários europeus, dos responsáveis pela banca
alemã, do BCE e todos os seus mercenários da política, da economia e da
imprensa, em defesa do actual modelo de austeridade ,em nome da salvação dos
especuladores da banca e das finanças, em apoio dos “mercados”, insistindo no
aumento da austeridade e do esforço dos cidadãos, dos trabalhadores e dos
empresários produtivos para os salvar.
Por cá, o seu máximo representante o nosso ministro das
finanças, o inclassificável Gaspar, teve um dia para esquecer:
- entregou um documento orçamental aos seus patrões da
burocracia europeia onde assume aquilo que nega cá, ou seja, o aumento ou a
manutenção dos altos níveis de desemprego em Portugal nos próximos tempos,
resultado que coloca em evidência o falhanço do modelo de austeridade imposto
por este governo aos cidadãos que trabalham, produzem e não fogem ao fisco;
- fez previsões de receitas fiscais incomportáveis para os
cidadãos, que só poderão ser atingidas aumentando drasticamente os impostos
sobre os que ainda têm trabalho (IRS) ou sobre os que produzem fora do circuito
da especulação financeira (IRC), sem que se toque nos que fogem para os
paraísos fiscais, nos lucros escandalosos da banca e das empresas do PSI 20, ou
no combate à corrupção e à fuga aos impostos.
Enfim, tão preocupado em apresentar serviço aos seus
patrões, até se esqueceu de entregar o documento no Parlamento, entregando
depois, apressadamente, um documento em ….inglês.
O pânico começa a ser evidentes entre os defensores desta
austeridade.
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