Acabado o Carnaval, regressa a “palhaçada” do costume.
Logo pela manhã de ontem foram divulgadas as absurdas
declarações dessa “figurinha” ainda mais absurda que dá pelo nome de Miguel
Relvas, ao misturar “alhos com bugalhos”, tentando misturar a tolerância de
ponto dada durante o Carnaval nalguns municípios com as dificuldades
financeiras desses mesmos municípios, numa atitude de puto mimado.
Ora, sendo o Carnaval nalguns desses municípios uma
importante fonte de receita e dinamização económica, mais razão devia haver
para defender a preservação dessas festas, nem que fosse exactamente pela única
linguagem que essa “gente” conhece, que é a do dinheiro…
Pouco depois pegamos no Público e lemos as declarações de um
antigo administrador do Banco de Portugal e ex-ministro das finanças, comentador
“permanente” nas televisões e nos jornais, actual “reformado de luxo” e nomeado
para um cargo administrativo numa instituição pública, que prevê uma crise nos
países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) “só não” sabe “quando”!!!.
Também eu posso declara, com toda a certeza que um dia
destes vai chover, Lisboa vai sofrer um abalo de terra como o de 1755 e o
mundo, um dia destes, vai acabar…só não sei quando…
Ficamos esclarecidos sobre o rigor destes economistas que
tanto têm contribuído, com as suas “previsões", "opiniões" e “decisões”, para “lixar” a
vida da generalidade dos cidadãos. Razão tiveram os islandeses que meteram na
ordem políticos, economistas, gananciosos credores e banqueiros e já estão a
recuperar.
Mas o absurdo do primeiro dia pós enterro do entrudo não se
ficou por aqui.
Ainda o dia não tinha terminado é veio “o Álvaro”, o mais
aluado ministro deste governo, anunciar a criação de milhares de empregos
mensais (onde é que eu já ouvi esta?), recorrendo para isso a uma nova figura,
a do “gestor de desempregos”!!!!....ou seja, cada desempregado passará a ser
representado por um desses gestores que terá como função “gerir” a
“carreira”…dos desempregados!!!...no coment!
Mas ainda havíamos de ter um contributo externo para este
dia surrealista: o patético comissário europeu da economia, Olli Rehn, que se
mantém há largos anos num cargo para onde não foi eleito por um único cidadão
europeu, com a sua cínica candura habitual, veio anunciar as “previsões”, mais
umas, sobre o crescimento do PIB na União Europeia para este ano, revelando,
como se as políticas de austeridade por ele preconizadas nada tivessem a haver
com o assunto, aquilo que qualquer cidadão comum é capaz de prever, que é uma
forte recessão na maior parte dos países da zona euro ou, quanto muito, um ridículo
crescimento abaixo de 1% entre os que “escapam”.
O problema é que muitas vezes, mais do que a realidade, são
as previsões dessa gente, feitas com base em critérios muitas vezes
discutíveis, que contribuem para agravar as crises financeiras, servindo de mote
às decisões criminosas dos “mercados” com reflexo negativo no direito dos
cidadãos ao seu bem-estar.
Como nunca ninguém, à posteriori, vai comparar essas
“previsões” com a situação real ou analisar quem beneficia com tais
“previsões”, nem responsabilizar criminalmente as consequências dos erros de
previsão, esses burocratas de Bruxelas vão continuar com a candura de sempre a
pedir mais “austeridade” para os povos europeus, escudados nos seus privilégios
chorudos.
Enfim….o Carnaval morreu…regressou o “Carnaval” das elites
político/financeiras portuguesas e
europeias…
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