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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Supertramp - uma banda com futuro...

Um amigo meu, referindo-se aos Supertramp, chamava-me a atenção para o facto das musicas deste grupo, apesar do tempo passado, manterem toda a frescura de sempre.

De facto, no tempo deles, muitos da minha geração desprezavam esse grupo, juntamente como os Queen, considerados muito “comerciais”, comparativamente com grupos como os Yes, Genesis ou Pink Floyd.

Contudo, o tempo acabou por dar razão aos Supertramp. Hoje é quase intragável ouvir algumas das peças dos Yes, dos Genesis e dos Pink Floyd, mas é sempre refrescante ouvir uma canção dos Supertramp.

Foi com essa ideia que parti para a aventura de ir ouvir, aos fim destes anos todos, os Supertramp, ontem em Lisboa.

Confesso que ia algo receoso, até pela ausência de Roger Hodgson, e porque já estava escaldado com os Pink Floyd, que vi sem Roger Waters, num espectáculo decadente realizado no antigo estádio de Alvalade.

Mas a surpresa do espectáculo de ontem superou tudo o que esperava. Gabe Dixon fez esquecer Roger Hodgson, Rick Davies soube inovar os velhos temas de sempre, numa actuação deslumbrante de entrega total, onde o saxofone de John Holliwel nos colocou à beira do jazz e o baterista Bob Siebenberg, juntamente com um prometedor conjunto de jovens músicos de apoio, transformou o Atlântico numa grande pista de dança, ao estilo que já nem os U2 conseguem nos seus espectáculos recentes.

A forma como agarraram um público entusiasmado, com já não via há muito, mostra toda a frescura dos Supertramp, que não envergonham ninguém, emparceirando com a boa musica pop rock deste início do século XXI.

Um público, é preciso notar, onde se cruzavam, de forma equilibrada três gerações, os trintões, os quarentões, os cinquentões e muitos mais velhos e mais novos.

Amanhã actuam pela última vez em Portugal, no Porto.

1 comentário:

Anónimo disse...

Fui aos Supertramp "empurrada" pela minha filha. Uma grande fã, a miúda!
Tal como tu, fui "desconfiada" e, apesar do saldo positivo, apesar da admirável prestação de G. Dixon e de todos os músicos em palco, algo me faltou. Talvez a minha adolescência? (!)
O público, como referiste, de diversas faixas etárias, fez a festa.
A mim, faltou-me uma certa empatia.
Gostei, mas não deslumbrei.