O Público on-line de hoje divulga os dados de uma sondagem europeia, segundo a qual a maior parte das “pessoas acreditam que os seus governos gastam mal mais de metade do dinheiro que os contribuintes pagam em impostos”.
Quem anda por cá há muitos anos e sempre pagou atempadamente os seus impostos, não é apanhado de surpresa pelos resultados dessa sondagem realizada em 22 países europeus.
Em Portugal a situação é agravada pela fuga aos impostos e pela corrupção e compadrio políticos.
Quando a carga fiscal portuguesa já é superior à da média dos cidadãos europeus, nomeadamente à dos países nórdicos, geralmente apontados como exemplo da existência de uma pesada carga fiscal, não deixa de ser surpreendente que um serviçal da OCDE tenha vindo a Portugal defender o aumento de mais impostos.
Por mim, até não me importava de pagar mais impostos se soubesse que eles eram utilizados para garantir reformas e serviços sociais decentes, meios de transporte públicos rápidos e eficientes, com a saúde e a educação garantida para todos.
Infelizmente todos nós começamos a perceber para onde vão os nossos impostos: para pagar as mordomias dos órgãos de gestão de institutos, empresas e fundações públicas, que servem apenas para empregar a clientela política do centrão, para as negociatas com empresas privadas da construção civil e com escritórios de advogados e para ajudar a banca em dificuldade com a situação que a própria criou.
Talvez seja tempo dos cidadãos europeus, em especial os portugueses, dizerem, alto e a bom som…BASTA!
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