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segunda-feira, 6 de julho de 2020

COVID-19 – A “Guerra” dos números.



Anda por aí uma verdadeira pandemia à volta dos números divulgados pela DGS.

Exigem os mais fanáticos, "rapidez" e "verdade".

Como se, no meio de uma epidemia, com a gravidade desta que estamos a viver, fosse possível ser rápido a registar números, isentos de erros.

Os números divulgados pela DGS têm por base um processo complexo de registos, que começa no médico, passa pelo hospital, continua na protecção civil municipal, passa pelas regiões de saúde, até chegar à DGS, para serem trabalhadas pelos técnicos de saúde e estatística deste organismo (dos melhores do país, diga-se…)  para divulgação pública.

Existindo outras prioridades mais urgentes, é natural que esses números não cheguem sempre com a rapidez e a isenção de erros que é exigida pelos “especialistas” de números nas redes sociais”, ou pelos “isentos” comentadores da televisão,  sempre prontos a explorarem os erros e omissão involuntárias ou justificadas pela situação complicada vivida pelos profissionais no terreno, para inventarem as mais estapafúrdias teoria das conspiração e inventarem questões políticas.

Experimentem, por exemplo, porem-se à procurar de dados estatísticos sobre qualquer outra área da de saúde pública, ou sobre qualquer outro tema, em sites credíveis, da OMS, à ONU, da União Europeia, à Eurostat, dos Ministérios ao Prodata e ao INE, e, com alguma sorte, tudo o que conseguem são informações obtidas há meses ou do ano anterior.

Ao contrário da má fé dos “estatísticos” amadores das redes sociais e do comentário político, os dados sobre o Covid-19 têm sido dos mais actuais que encontramos, comparando com outras doenças ou situações sanitárias.

E já agora, porque não exigir a publicação de dados, com a mesma rapidez, diários, sobre infectados, internados, em cuidados intensivos e óbitos com Sida, com malária, com influenza, com sarampo, etc., etc., etc.?

Talvez assim se atenuasse o fanatismo de alguns, na análise de informações estatísticas e em teorias da conspiração, relativizando-se a gravidade do COVID-19.

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