Continuamos a ter por base um grupo de 35 de países.
(Podem clicar AQUI para melhor
comparar com a situação anterior e poderem ligar 14 post’s anteriores).
Explicamos aqui mais uma vez porque valorizamos os cálculos baseados em
óbitos, em vez de usarmos o número de infectados.
O cálculo do número de óbitos e a sua classificação parece-nos menos
sujeita a manipulações e a erros do que o cálculo de infectados.
Ao contrário do registo de óbitos, que se baseia em critérios universais e
testados, o registo de infectados presta-se ao uso de diferentes critérios,
conforme os países.
O número de infectados é calculado de forma diferente de país por país e
não representa a realidade na sua totalidade em muitos países.
Uns apenas registam os infectados que recorrem aos serviços médicos
oficiais, outros apenas aos doentes que são testados quando internados nos
hospitais, outros testam a maior parte da população, outros apenas os suspeitos
de contacto com doentes, outros intervêem apenas junto dos focos de contágio.
Infelizmente, neste como noutras situações, a própria União Europeia, por
exemplo, não usa um critério comum.
Contudo, tem sido com base nos infectados registados, apesar dos critérios
serem variados, que a União Europeia e alguns dos seus membros tomam decisões
sobre abertura de fronteiras e a classificação dos países “seguros” e “inseguros”,
uma pura fraude que prejudica países, como Portugal, que têm sido dos mais
transparentes em relação a esse tipo de registo.
Seria mais útil, por exemplo, se fosse facultada a comparação, não com os
infectados registados, mas com os casos internados, os casos realmente activos
e os casos recuperados.
Pela primeira vez, embora não acreditando nesse critério, mas devido ao
facto de ser ele que está a ser usado
como base para decisões económicas e da turismo na União Europeia, vamos
publicar pela primeira vez aqui, mais em baixo,
a evolução de infectados registados.
Continuamos, contudo, a acreditar que, à falta de melhor, a comparação mais fiável entre países, para perceber a maior ou menor
gravidade da situação entre eles, é usando os dados sobre óbitos registados e
causados pelo COVID-19.
Começamos, como é habitual, pela lista do número de mortos registados até à
data de hoje, embora os dados possam ter um atraso de um ou dois dias:
TOTAL DE MORTOS POR COVID-19 em todo o MUNDO – 544 739;
Estados Unidos – 135 807;
Brasil – 74 133;
Reino Unido – 44 968;
Itália – 34 984;
França – 29 925;
Espanha – 28 409;
Índia – 24 915;
Irão – 13 410;
Rússia – 11 770;
Bélgica – 9 787;
Alemanha – 9 071;
Canadá – 8 798;
Holanda – 6 128;
Suécia – 5 545;
Turquia – 5 402;
China – 4 651;
África do Sul – 4 346;
MÉDIA MUNDIAL POR PAÍS – 2 970;
Irlanda – 1 746;
Suíça – 1 687;
PORTUGAL – 1 668;
Japão – 985;
Áustria – 709;
Dinamarca – 609;
Israel – 364;
República Checa – 355;
Finlândia – 329;
Coreia do Sul – 291;
Noruega – 253;
Grécia – 193;
Austrália – 111;
Cuba – 87;
Palestina – 47;
Singapura – 27;
Nova Zelândia – 22;
Islândia – 10.
Em relação à semana anterior, registaram-se apenas duas alterações no trágico
“ranking” da mortalidade, com Israel a
ultrapassar a República Checa e a Palestina a ultrapassar Singapura.
Se na semana anterior houve 5 países sem registar casos mortais, esta
semana isso só se registou em 4 desses países, Finlândia, Grécia, Nova Zelândia
e Islândia.
Contudo, todos os 35 países analisados continuam a registar infecções ao
longo da semana.
Pela primeira vez registamos aqui o ritmo de crescimento percentual ao
longo desta última semana do número de infectados, em relação ao total de
infectados na semana anterior:
Crescimento Descontrolado (acima dos 2 dígitos):
Palestina – 46,45%;
África do Sul – 38,19;
Índia – 26,27;
Israel – 26,19;
Austrália – 18,10;
Brasil – 15,47;
Estados Unidos – 14,52;
Ritmo de crescimento Mundial – 12,64;
Japão- 12,36;
Crescimento Preocupante (mais de 1% ao dia):
Grécia- 8,119;
Crescimento ainda não controlado (acima dos 0,5% por dia)
Irão- 6,51;
Rússia – 6,50;
PORTUGAL – 5,93;
República Checa- 5,17;
Suécia- 3,62;
Áustria – 3,50;
Em desaceleração:
Singapura – 3,49;
Turquia – 3,41;
Coreia do Sul – 2,39;
Canadá – 2,18;
Suíça- 2,00;
Espanha- 1,78;
Reino Unido – 1,75;
Islândia – 1,70;
Cuba – 1,62;
França – 1,55;
Dinamarca -1,34;
Alemanha -1,20;
Bélgica – 1,05;
Holanda- 0,89;
Praticamente extinto (abaixo de 0,1% ao dia)
Nova Zelândia – 0,67;
Itália – 0,57;
Finlândia- 0,53;
Noruega – 0,53;
Irlanda – 0,51;
China –0,41.
Este é um dos quadros em que Portugal apresenta um dos piores resultados, e
o motivo de ser incluído na “lista negra” de alguns países.
Contudo, não deixa de ser curiosa a situação preocupante de países apontados
geralmente como “exemplares”, como a Austrália, Israel, Grécia, República Checa
e a Áustria.
Um outro modo de olhar para esses números, quanto anos mais fiável, pelas
razões já explicadas, é observar o crescimento percentual de mortes registadas
ao longo desta semana, podendo observar os países onde esse crescimento é
maior, mais rápido e mais preocupantes e aqueles que registam um maior
abrandamento.
Este registo dá-nos assim o ritmo de crescimento da mortalidade nesses
países:
Situação “descontrolada” (crescimento semanal acima dos 15%):
Palestina – 95,83 % (contudo este crescimento é enganador, já que estamos a
falar de uma base muito baixa, de 24 para 47 mortos registados. Contudo, é a terceira
semana a duplicar o número de casos);
África do Sul – 24,10;
Índia – 17,91;
Velocidade de crescimento “preocupante” (entre 15% e 7%):
Brasil – 11,07;
Irão – 10,97;
Rússia – 10,34;
Evolução “lenta”, mas ainda perigosa (entre 7 e 3,5%):
“Velocidade” média MUNDIAL – 6,34% (6,32% na semana anterior);
Israel – 8,33;
Austrália – 4,71;
Singapura – 3,84;
Estados Unidos – 3,75;
PORTUGAL – 3,62 (3,56 na
semana anterior);
Ritmo aceitável, mas ainda não controlado (crescimento entre 3,5 e 2%):
Turquia- 2,69;
A caminho da “extinção” (entre 2 e 1%):
Suécia – 1,79;
Cuba-1,62;
Reino Unido – 1,29;
República Checa – 1,13;
A “finalizar” (entre 0 e 1%) ou “Extinto” (0%)
Canadá- 0,99;
Noruega – 0,79;
Coreia do Sul – 0,65;
Áustria – 0,42;
Japão- 0,40;
Alemanha – 0,38;
Itália – 0,24;
França – 0,27;
Irlanda – 0,17;
Dinamarca – 0,16;
Bélgica – 0,11;
Suíça – 0,11;
Holanda – 0,08;
China – 0,06;
Espanha- 0,05;
Finlândia – 0;
Grécia- 0;
Nova Zelândia – 0;
Islândia – 0;
Pioraram a sua posição, com mudanças significativas de posição e de sector,
países como os Estados Unidos, Singapura, Irão, Austrália, República Checa e
Cuba.
Para Portugal esta voltou a ser uma das piores semanas, registando um
aumento de crescimento pela terceira semana consecutiva.
Só três países não registaram óbitos.
Contudo, 19 países podem considerar ter travado a mortalidade, estando em
vias de ver a extinção da 1ª vaga.
Existe uma outra forma de observar os dados da mortalidade, a percentagem
de falecidos em relação ao total de infectados, que pode ser revelador da
melhor ou da pior resposta do Sistema de Saúde de cada país, da melhor ou pior
actuação das autoridades, sem esquecer ainda outros factores que podem
interferir, como a capacidades imunológicas da população, hábitos, envelhecimento,
clima ou genética:
Situação “negativa e trágica” (mortalidade acima dos 10% dos infectados):
França – 18,42 % de mortos em relação ao número de infectados registados;
Bélgica – 15,88;
Itália – 14,37;
Reino Unido – 15,43;
Holanda – 11,99;
Espanha – 11,07;
Situação “preocupante” (entre os 10 e os 5%):
Canadá – 8,10;
Suécia – 7,29;
Irlanda – 6,80; BCG
China – 5,42;
Suíça -5,12;
Irão – 5,06;
Situação “aceitável” (entre 5 e 2,5%) :
Grécia – 4,97; BCG
Dinamarca – 4,67;
Alemanha – 4,54;
Finlândia – 4,50;
Média MUNDIAL – 4,34;
Japão – 4,30;
Estados Unidos – 3,98;
Brasil – 3,84;
Áustria – 3,71;
Cuba – 3,56;
PORTUGAL– 3,54; BCG
Noruega – 2,81; BCG
República Checa – 2,66; BCG
Índia – 2,56;
Turquia – 2,51;
Situação “boa” (abaixo de 2,5%):
Coreia do Sul – 2,13;
Nova Zelândia – 1,83;
Rússia – 1,57;
África do Sul – 1,45;
Austrália – 1,05;
Israel – 0,92;
Palestina – 0,57;
Islândia – 0,52; BCG
Singapura. 0,05.
Este é um dos quadros que melhor consegue aferir sobre a eficácia na
resposta à crise.
Neste caso é positiva a posição de
Portugal, que consegue estar melhor do que países como a Holanda e a Suécia
(dois mitos com “pés de barro” e em situação muito preocupante), ou que a
Grécia, a Dinamarca, a Finlândia , a Áustria, ou a Alemanha, países geralmente
apontados como “exemplares”.
Esta semana melhorou mesmo em relação a Cuba.
Um dos países a melhorar a sua situação, beneficiando de uma aumento de
casos controlados, foi a Grécia.
Por sua vez a Alemanha e a Finlândia pioraram ao registarem maior
mortalidade do que a média mundial.
Sem mais comentários, fiquem com os dados e tirem as vossas conclusões.
Voltaremos para a semana com nova divulgação e análise dos dados.
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