É a palavra mais usada por políticos e economistas.
É de tal modo uma palavra “mágica” que existe um exército de técnicos e
de instituições só para o estudar e o prever.
Interrogo-me muitas vezes se “crescer” em termos económicos e em
quantidade é mesmo o grande objectivo civilizacional da humanidade, uma
justificação para um desordenado crescimento do consumo que alimenta a máquina
“capitalista”, onde somos alegremente triturados.
Pergunto-me também se é possível continuar a “crescer” sem destruir
definitivamente, não só os equilíbrios sociais, como, e principalmente, o
ambiente e a natureza.
Para mim “crescer” pode ser aceitável se tiver como objectivo melhorar
a nossa saúde, a nossa educação, a nossa compreensão dos outros e do mundo, a
nossa cultura e o nosso conhecimento, combater as desigualdades, melhorar as
nossas condições de vida e, principalmente, acentuar o urgente e necessário
equilíbrio entre nós e o ambiente natural que nos rodeia.
Ora, não me parece que seja isso que está na base do uso conceito de
“crescimento” saído da boca e da pena de economistas, políticos e comentadores
, conceito usado apenas para defender os apelos cada vez mais selvagens ao
consumo desenfreado (tão comum nesta descaracterizada época “natalícia”), para
o saque descontrolado de recursos naturais, e para acentuar desigualdades
socias, desrespeito todas as formas de vida humana ou animal que não se
enquadrem no modelo económico neoliberal.
E assim, em contínuo “crescimento” cá vamos alegremente caminhando e
consumindo para o abismo ambiental e
civilizacional...
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