Não precisou de efeitos pirotécnicos, écrans gigantes , sofisticados jogos de luz ou efeito cénicos espectaculares.
Acompanhado por um quarteto de cordas, uma bateria e um contrabaixo, Benjamim Clementine passou a noite ao piano e a sua voz potente e versátil foi suficiente para encher o Coliseu de Lisboa.
Mais do que o ver o importante foi ouvi-lo.
As condições de som, geralmente problemáticas no Coliseu, estiveram à altura do acontecimento, embora, quanto a nós, este tipo de som se enquadre melhor numa sala como o grande auditório do CCB ou noutra do género, pois precisa de mais intimismo e talvez de um outro público.
Benjamin Clementine é um nome a seguir com atenção. Apenas com um álbum gravado, no ano passado, as suas qualidades vocais e musicais, bem como os temas que escolhe para o seu reportório, prometem fazer deste cantor um dos melhores deste novo século.
Dentro das limitações de luz, distância e técnica , aqui fica o registo de alguns momentos desse espectáculo:
2 comentários:
Boa noite! Permita-me discordar apenas num aspeto do seu texto: tão importante como ouvi-lo é vê-lo também. Estive na primeira fila do Coliseu das duas últimas vezes que o Benjamim ali atuou. Para o ver a cantar e a tocar piano. Não me chegava só ouvir. E a forma como este homem se exprime através das expressões faciais, da forma como bate ou acaricia as teclas do piano, como olha para o público, merece muita atenção. Um homem que toca uma música que considera "uma das duras" e pára para se recompor só merece respeito e admiração porque o que diz não é ligeiro e porque através da palavra cantada desta forma peculiar quer mostrar o seu "grito de humanidade". E agora concordo muito: que numa sala de espectáculos mais pequena esta evidência seria mais visível e o Benjamim seria ainda melhor apreciado.
Obrigado pelo seu comentário.
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