Passo Coelho, com o seu apelo ao empobrecimento
generalizado, Jonet em defesa da caridade como alternativa à segurança social
ou o convite a uma vida de sem-abrigo feita pelo banqueiro Ulrich, tudo dito em
contextos e tempos diferentes, enquadra-se na mesma “luta” política, que visa a
aceitação passiva da dramática situação para onde todos estamos a ser atirados.
O objectivo é banalizar o mal do desemprego e da miséria que
visa, exclusivamente, aumentar o rendimento do sector financeiro, reduzir
direitos sociais, embaratecer o trabalho e, no fim, limpara consciências,
substituindo a segurança social pela caridadezinha.
O que essa gente ainda não percebeu é que o seu entusiasmo
pela miséria alheia se pode, um dia, virar contra os próprios. Como esse dia
ainda está longe, vamos continuar a ouvir banalidades como aquelas , ditas por
aquelas ou outras pessoas, que só nos oferecem como alternativa o desemprego, a
pobreza e a caridade.
Para eles, sonhar com uma vida melhor é um objectivo “acima
das nossas possibilidades”, pois só banalizando o mal dessa forma é que eles
vão poder realizar os seus sonhos de poder político, de influência social ou de “riqueza”
financeira…
1 comentário:
Excelente artigo, Ético Pensamento!
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