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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

...DE REGRESSO...



(FONTE: "O INIMIGO PÚBLICO", Jornal Público)
 
Estamos de regresso.

Vamos continuara a provocar e a incomodar com as nossas opiniões politicamente incorrectas e escritas em carne viva.

Vamos também continuar a divulgar temas que nos interessam, na musica, na fotografia, no cinema, na arte… e as notícias que nos motivam.

1 - “TROIKAS E BALDROIKAS”

Num momento decisivo para o futuro do euro, da Europa e, por tabela do país, vamos procurar aqui fazer um pequeno balanço do que mais marcou este mês e meio em que estivemos (quase) ausentes deste espaço.

Por agora o país conhece mais uma visita dos senhores da “troika”.

Espera-se que, quando na próxima semana se souber o resultado da avaliação dessa gente, os portugueses recebam um pedido formal de desculpas pelo resultado das políticas de austeridade que nos impuseram, e que se revelaram um fracasso:

-  números do desemprego que não param de subir; 

- cortes drástico nos rendimentos que provocaram uma avassaladora quebra do consumo e que teve como resultado a descida da colecta fiscal e a falência em massa de empresas (já vai quase nas 5 mil desde Janeiro); 

- números da recessão acima do esperado;

- e, a prova máxima do fracasso, já que esse era o grande objectivo das medidas de austeridade que nos foram impostas, deficit muito acima do previsto.

Não sei se o erro foi mais da troika ou do governo. Aquela, aliás, já se procura descartar da sua responsabilidade no desastre nacional. Este, por sua vez, tem muitas responsabilidade no descalabro da situação económica e social do país, já que o objectivo de “ir para além da troika” potenciou o desastre.

No meio de tudo isto resta-nos algum “consolo” pela acção de um carteirista que assaltou um membro da troika no eléctrico 28, pondo à prova a imunidade dessa gente paga a peso de ouro. É caso para dizer que…” ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão”…

BORGES, O “INSTALADO”…

Entretanto António Borges, um  “pintarolas” arrogante que nem o FMI quis nas suas fileiras, veio  lançara a confusão em relação à credibilidade das privatizações, área em que tem funcionado como uma espécie de ministro-sombra deste governo, representante de obscuros intereses finaceiros, ao propor a extinção do segundo canal… (e os "abutres" já andam por aí a aproveitar a "onda"..).Ainda por cima o mesmo Borges teve o desplante de, na “Universidade” (???) de Verão do PSD (terá sido aqui que se formou o Relvas?...), se queixar dos “interesses instalados”, ele que é um dos rostos visíveis dos interesses instalados que destruíram a sociedade e a economia deste país…e é com gente desta que o país se governa!!!

LOFF versus RAMOS

Noutro lado, anda aí a correr uma polémica entre historiadores que está a raiar os níveis do absurdo, acerca de duas maneiras de interpretar o Estado Novo. Penso voltar  a este assunto, mas estou a acabar de ler a parte do trabalho de Rui Ramos sobre a época em causa para me pronunciar. Mas numa primeira e apressada opinião, embora me identifique mais com as teses de Manuel Loff do que com as de Rui Ramos, parece-me que Loff se excedeu e exagerou na forma como abordou o trabalho de Ramos. Este foi credível na resposta que deu sobre o assunto. Condenável é a entrada absurda e boçal de Maria Filomena Mónica na discussão, um verdadeiro ataque de terrorismo “ intelectual”. Textos como os de Mónica já não se encontram hoje nem no mais miserável pasquim de aldeia (…sim, eu sei, encontram-se cada vez mais no universo dos blogues e outras redes sociais…). É grave também que se esteja a usar o tema para atacar o pluralismo do jornal Público…

O MUNDO QUE NOS RODEIA…

Lá por fora, entretanto, a Síria continua a ferro-e-fogo, perante a incompetência da comunidade internacional . Vivemos, aliás, uma época de lideranças de fantochada, como se vê na desastrosa e cada vez mais perigosa situação Europeia. Para o descalabro ser completo no mundo Ocidental, só faltava Obama perder as eleições nos Estados Unidos…

Os casos Assange e Pussy Riot são as duas faces do avanço do autoritarismo político e do desrespeito pela liberdade e pelos direitos.

As notícias sobre a crescente degradação do clima, que avança a passos largos à custa de andarem todos distraídos com a “crise”, uma crise que tem sido conveniente para muitas malfeitorias , são avassaladoras e avisos sérios sobre o desastre que se aproxima.

Mas nem tudo são sinais negativos. Os Jogos Olímpicos de Londres e, agora, os Paralímpicos, viram mais uma vez demonstrar que a humanidade é capaz de se unir em projectos comuns e enfrentar a maiores dificuldades. Desses jogos saiu também uma grande lição para a Europa: se todos os países da União Europeia concorressem sob a mesma bandeira, teriam ultrapassado em muito a soma de resultados e medalhas dos Estados Unido e da China. Resta-nos a consolação de ver a Inglaterra a bater a Alemanha nas medalhas, sendo este último um dos países da EU que demonstrou uma maior decadência em relação aos resultados obtidos há quatro anos na China. A autoproclamada superioridade alemã sofreu um grande rombo…

De registar ainda o desaparecimento de Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar outro planeta e que foi uma figura motivadora  para todos aqueles que hoje têm mais de 45 anos de idade. Fez-nos também questionar como é possível que os mais jovens deste planeta nunca tenham assistido a uma aventura como a da conquista do espaço, e a chegada de homens a outro planeta.

 O sonho parece estar a abandonar o destino da humanidade. 

1 comentário:

Joaquim Moedas Duarte disse...

Bom regresso, caro amigo VM.
As tuas análises são certeiras e ajudam-nos a ver claro.

Abraço