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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

UMA MULHER COERENTE: Maria Teresa Horta recusa receber prémio literário das mãos de Passos Coelho.

A coerencia ideológica, política, cultural e pessoal é um valor tornado "fora de moda" por comentadores, agentes culturais e políticos.

Vivemos uma época em que vale tudo para agradar e  aparecer ao lado dos poderosos.

Por isso a atitude de Maria Teresa Horta é uma bofetada sem mão numa postura comum ao nosso meio intelectual e cultural, que gosta de se mostrar irreverente em relação ao poder, mas nunca foge a uma fotografia ao lado dos mesmos que tanto critica, em troca de uns prémios, de umas palavras de circunstância, simplesmente para aparecer nas televisões e nas capas de jornais e revistas.

Maria Teresa Horta considera que Passos Coelho está a conduzir o país para o desastre. Por isso, não recusou o merecido prémio literário, mas recusou-se a apertar a mão ao primeiro-ministro que lidera o desastre.

Se outros seguissem o exemplo de Teresa Horta talvez os poderosos não sentissem tanta impunidade e tanta auto-confiança e começassem a reflectir sobre os malefícios das suas decisões.

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