(Autor: Arend Van Dam/ Political Cartoon)
Parece que os burocratas do “politburo de Bruxelas” não perceberam a
mensagem das urnas e insistem em decidir à revelia da vontade dos seus cidadãos
e mesmo contra estes.
Em vez de apresentarem candidatos aos lugares cimeiros que
representassem sinais de mudança nas políticas de austeridade e nas politicas
de destruição de direitos socias, para combater o crescimento do populismo e
aproximar os cidadãos do projecto europeu, o “politburo de Bruxelas” apostou mais
uma vez numa combinação entre cinzentismo e continuidade, reforçando o pilar
“austoritário”.
O Conselho Europeu impôs mais uma vez um modelo de escolha de
lideranças que não se mostra muito diferente do velho “centralismo democrático”
de tipo “comunista”, impondo-se ao único órgão democraticamente legitimo, o
Parlamento Europeu.
Foi uma cedência em toda a linha ao grupo de Visegrado, o das
“democracias iliberais”.
Ursula von der Leyen para presidente da Comissão Europeia representa a
imposição das politicas alemãs para a União Europeia, reforçando a componente
“austoritária” que tão maus resultados deu nos últimos anos (maus resultados
para os cidadãos, mas bons resultados para o corrupto sector financeiro que
domina a Europa, os “donos disto tudo”…), agravado pelo facto de, ao contrário
de Merkel, que aprendeu alguma coisa com a “crise”, aquela política é mais
“papista de que o papa”.
A escolha de Charles Michel, actual primeiro-ministro belga, “liberal”
(seja lá o que isto for), para presidir ao Conselho Europeu é mais uma cedência
ao “establishment” do “politburo de Bruxelas”.
Mas a “cereja no topo do bolo” é a nomeação da nossa bem conhecida
Christian Lagarde, um dos rostos da “nossa” Troika de triste memória, para a
presidência do Banco Central Europeu.
Para “amenizar” tentam vender-nos a mensagem “politicamente correcta”
de dois desses cargos serem, pela primeira vez, ocupados por mulheres, como se
o género anulasse a ideologia ou as politicas.
Não é o uso de “sais” que altera as politicas e, neste caso, como em
muitos outros, “elas” chegam a esses lugares cimeiros porque se comportam …
como “homens”.
Ou seja, embora ainda não esteja tudo definido, é caso para dizer que,
na Europa, mudámos de “Mao” para “Piao”, ou, em bom português, de “cavalo para
Burro” (ou “burra”, para não ofender o “género”).
Mais um “contributo” para transformar o “caminho” dos populistas de extrema direita …numa
via rápida!
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