O Prédio Coutinho é daqueles horrores que nunca devia ter acontecido em
Portugal.
Infelizmente o Algarve e as grandes cidades de Portugal estão cheias
de horrores parecidos, mas a o Prédio
Coutinho, em Viana do Castelo, destaca-se, pela sua localização e pela sua
excepção naquela bela localidade.
O processo de demolição daquele crime urbanístico arrasta-se nos
tribunais há pelo menos duas décadas, revelador do mau funcionamento dos nossos
tribunais, e da ambiguidade das leis construídas por escritórios de advogados
pagos a peso de ouro pelos contribuintes para gerarem tal tipo de leis.
Seria importante penalizar quem autorizou a construção daquele horror,
que devia ser quem estava no banco dos réus e quem devia pagar o realojamento dos
moradores.
Entre enganados, incautos e
alguns, poucos, oportunistas, que procuram tirar proveito da situação, a vitimização
mediática dos 9 “resistentes” só serve para desviar a atenção da verdadeira
situação.
Ontem fiquei esclarecido sobre de que lado está a razão, quando ouvi
que esses 9 moradores não querem sair daquele edifício horroroso porque acham
que a indemnização de 200 mil euros (DUZENTOS MIL EUROS) ou, em alternativa,
receberem outra moradia na cidade de Viana do Castelo, não lhes chega, porque, “está
abaixo do preço do mercado”.
Pois dei-me ao trabalho de investigar e, no Distrito de Viana do
Castelo, no site Imovirtual, encontrei mais de cinquenta páginas, muito mais de
500 habitações, a preço inferior aos tais 200 mil euros, a média a rondar os
100 mil euros , grande parte T3 e no centro da cidade, mas é possível encontrar
vários T4 e T5 abaixo daquele preço.
Convém recordar que quase outras 300 famílias aceitaram a indemnização
ou a saída para outra casa, o que demonstra que estamos perante um caso de
teimosia oportunista que está a lesar o bem público.
E, já agora, gostava que me explicassem o propósito das bandeiras de
Venezuela!!??
Espero que acabem de vez com aquele horror, até porque teria um poder persuasivo
para outras construções do mesmo género.
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