Quem o disse foi o Presidente do Parlamento Europeu, o social-democrata alemão Martin Schulz.
Aquilo que ele afirma vai ao encontro dos que afirmam muitos dos críticos da actual situação europeia e da receita de austeridade que está a ser imposta pela Comissão Europeia, pelo BCE e pela srª Merkel aos países em dificuldade.
Na mesma semana, aliás, um outro líder europeu, o ex-presidente do eurogrupo, o sr. Juncker, um dos poucos líderes decentes da elite que dirige os destinos da Europa, e dos que desde há mais tempo alerta para os efeitos sociais devastadores provocados pelo modelo "austeritário" imposto aos cidadãos e aos trabalhadores europeus, alertava para o renascimento dos velhos fantasmas nacionalistas que deliceraram a Europa na primeira metade do século XX, responsabilizando a atitude alemã para com a Grécia como estando na origem desse renascimento que já está a incumbar os ovos de serpente que ameaçam o futuro da paz neste continente.
Também nesta semana se recordou o 60º aniversário dos acordos de Londres que decidiram perdoar metade da dívida alemã e rescalonar a restante num prazo de pagamento em cerca de 50 anos, tendo sido a Grécia, um dos países que mais sofreu com a invasão nazi e a quem a Alemanha mais devia pelos estragos provocados, uma das que aceitou o perdão à Alemanha. Com esse perdão e com a ajuda do Plano Marshall a Alemanha tornou-se a potência que conhecemos. Depois, convém também recordar, quando se deu a unificação no final do século XX, mais uma vez pode contar com o apoio e o sacrifício dos europeus para levar a bom termo essa difícil tarefa.
É util recordar aqui esses três acontecimentos, na véspera do dia em que o país de prepara para receber mais más notícias e austeridade imposta por uma troika liderada pelos interesses financeiros e políticos alemães, e executada entre nós com o colaboracionismo de govenantes que funcionam como meros "gauleiter" às ordens germânicas.
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