Já cá se sabia que a crise não era para todos.
Aliás, que esta crise não é uma crise como as outras e que
os seus efeitos foram, em grande parte, aproveitados para impor a agenda
neoliberal do FMI, da Comissão Europeia e do BCE aos cidadãos europeus, é uma
verdade que todos os factos confirmam.
Em grande parte esta crise foi provocada e potenciada,
diremos mais, foi inventada para destruir conquistas e direitos sociais e
evitar que o sector financeiro pagasse pela porcaria que andou a fazer desde os
anos 80 do século passado, com a conivência de políticos e economistas.
Já se sabia que os carros de grande cilindrada, as casas
mais caras e os artigos de luxo eram aqueles que estavam a ter grande saída.
Já se sabia que bancos e grandes empresas continuavam a
revelar lucros fabulosos ou, quando em dificuldades, bastava subir os impostos,
aumentar o desemprego ou cortar nos salários para canalizar essas poupanças
para as salvar da falência.
Ficamos agora a saber que os portugueses mais ricos do mundo
continuam entre os mais ricos e até aumentaram as suas fortunas pessoais.
Claro que quando vemos um mexicano a encabeçar essa lista,
dá para desconfiar do modo como se constroem as grandes fortunas deste mundo.
É caso para dizer…que
rica crise!
Américo Amorim é o 316.º mais rico do mundo - Expresso.pt(clicar para ler)
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