Tem hoje início o Europeu de Futebol.
Infelizmente, nos tempos que correm, não nos podemos alienar
com espectáculos como o Futebol.
Antes de nos lançarmos no entusiasmo dos grandes jogos e no
apoio à selecção portuguesa, nomeadamente no jogo contra a arrogante Alemanha,
devemos colocar algumas interrogações.
Em primeiro lugar, sobre as terríveis notícias, nunca
desmentidas até hoje, do autêntico massacre de cães e gatos vadios na Ucrânia.
(… a propósito, adiram à petição para denunciar a situação AQUI).
Já se sabia que a Ucrânia não prima pela defesa dos Direitos
Humanos, não se podendo por isso esperar que os políticos desse país demonstrem
igual preocupação pelos Direitos dos Animais.
Seria bom que todos aproveitassem a visibilidade do evento
para denunciar a situação.
Em segundo lugar devemo-nos questionar sobre os gastos
exagerados deste tipo de eventos e todo o aproveitamento político e comercial que gira à sua volta.
Parece-me de facto condenável todo o exibicionismo dos
jogadores em tempo de crise, passeando-se arrogantemente em “ultra” topos de
gamas ou vivendo no meio de luxos desmedidos, tudo isto em altura de crise.
Esperamos, por outro lado, que os jogadores, que funcionam
como modelo para muita gente, se saibam comportar com fair play dentro e fora
das quatro linhas, e não venham com as costumeiras desculpas da arbitragem e outras do género...
Em terceiro lugar, se o tempo de antena dispensado em época “normal”
ao futebol já é um exagero (…ía dizer uma vergonha!), devemos condenar a quase
exclusividade em época de crise que as nossas televisões dedicam ao
acontecimento.
Será bom que todos se mantenham em “alerta máxima” durante o Europeu, principalmente se a selecção portuguese avançar com bons resultados, porque estamos perante uma classe política desonesta que costuma aproveitar estas “distracções” para tomar medidas anti-sociais e contra os cidadãos, de que estes só se apercebem depois dos factos consumados.
Será bom que todos se mantenham em “alerta máxima” durante o Europeu, principalmente se a selecção portuguese avançar com bons resultados, porque estamos perante uma classe política desonesta que costuma aproveitar estas “distracções” para tomar medidas anti-sociais e contra os cidadãos, de que estes só se apercebem depois dos factos consumados.
Antigamente falava-se, algo exageradamente e com laivos de
propaganda política, dos três “F’s” do “Fascismo”
português: Fátima, Fado e Futebol.
Hoje o Futebol tem uma exclusividade e um poder que ultrapassam todos os outros “F’s” e “esmagou” todos os outros desportos nacionais.
Aliás, convém recordar que, a não ser a nível de equipas, embora cada vez mais raramente, a selecção portuguesa de futebol profissional nunca trouxe para Portugal qualquer troféu Europeu, Olímpico ou Mundial, ao contrário de muitos outros desportos.
Contudo, os nossos campeões da Europa, Olímpicos ou Mundiais nunca mereceram a atenção e o carinho que é dispensado a qualquer jogador de futebol.
Qualquer boçalidade saída da boca de um dirigente futebolístico, uma transferência de jogador, uma lesão de pouca monta de um futebolista merece notícia de abertura, ou de "última hora" de um qualquer “telejornal”, enquanto um “qualquer” bom resultado a nível mundial noutro desporto é relegado para segundo plano, isto quando se dão “ao trabalho” de o anunciarem.
Hoje o Futebol tem uma exclusividade e um poder que ultrapassam todos os outros “F’s” e “esmagou” todos os outros desportos nacionais.
Aliás, convém recordar que, a não ser a nível de equipas, embora cada vez mais raramente, a selecção portuguesa de futebol profissional nunca trouxe para Portugal qualquer troféu Europeu, Olímpico ou Mundial, ao contrário de muitos outros desportos.
Contudo, os nossos campeões da Europa, Olímpicos ou Mundiais nunca mereceram a atenção e o carinho que é dispensado a qualquer jogador de futebol.
Qualquer boçalidade saída da boca de um dirigente futebolístico, uma transferência de jogador, uma lesão de pouca monta de um futebolista merece notícia de abertura, ou de "última hora" de um qualquer “telejornal”, enquanto um “qualquer” bom resultado a nível mundial noutro desporto é relegado para segundo plano, isto quando se dão “ao trabalho” de o anunciarem.
Se sairmos do mundo do desporto o contraste de tratamento á
ainda mais escandaloso: cientistas, artistas, músicos, cineastas, escritores,…
vão ganhando grande prémios internacionais, mas são poucos os jornalistas e os cidadãos que sabem
soletrar os seu nomes, do mesmo modo como soletram o nome de qualquer jogador
de futebol de segunda linha.
É caso para dizer que, com a atenção e o carinho que recebem das elites
dirigentes, da comunicação social e do público em geral, com os prémios e
ordenados que recebem, com as facilidades de empréstimos financeiro e fiscais dados aos clubes de futebol e aos
jogadores, com a importância que lhes é dado, trazerem para Portugal um bom
resultado não é um mero desejo, é uma obrigação para esses futebolistas e
dirigentes do mundo do futebol.
Por isso, não me limito a desejar, mas a exigir um bom resultado à “equipa das Quinas”…
Sem comentários:
Enviar um comentário