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quarta-feira, 19 de junho de 2024

A Invasão da Ucrânia pela Rússia. Diversos antecedentes - UMA GUERRA QUE NECESSITA DE CONTEXTUALIZAÇÃO Por Pedro Caldeira Rodrigues


A Invasão da Ucrânia pela Rússia. Diversos antecedentes - UMA GUERRA QUE NECESSITA DE CONTEXTUALIZAÇÃO

 Por Pedro Caldeira Rodrigues

(jornalista da LUSA)

 Etnonacionalismos

No dia 22 de abril de 2022, no decurso de uma cerimónia em Moscovo que assinalou o nascimento de Lenine, o Partido Comunista da Federação da Rússia (KPRF) manifestou o seu apoio à invasão militar à Ucrânia desencadeada por Vladimir Putin, definida sem hesitações como um confronto entre Moscovo e Washington.

“Os anglo-saxões vieram [à Ucrânia] para combater com o objetivo de dominar o planeta”, afirmou o primeiro-secretário, Guennadi Ziuganov, nessa celebração que decorreu na Praça Vermelha, em Moscovo.

“Hoje, nas planícies ucranianas, está em disputa a questão de saber se o mundo será unipolar sob o seu comando [dos anglo-saxões] ou multipolar”, acrescentou.

Insistiu ainda ser "necessário defender o Estado”, acusando a NATO e os Estados Unidos de combaterem “o mundo russo”, e quando este partido, representado na Duma, há muito que pressionava para o reconhecimento por Moscovo das repúblicas secessionistas de Donetsk e Lugansk, leste da Ucrânia, um passo que Putin apenas dará em 21 de fevereiro de 2022, três dias antes do início da invasão.

Estas afirmações enquadram-se afinal na versão da História impulsionada por Putin baseada no nacionalismo étnico, e quando há pouco menos de um ano acusou diretamente as elites ucranianas de perpetrarem um genocídio contra o "mundo russo", e que também permitiu justificar a invasão militar. 

Num artigo de 12.000 palavras publicado no início de julho de 2021 intitulado Sobre a unidade histórica de russos e ucranianos, Putin desenvolveu uma versão da história da Rússia e da Ucrânia destinada a diminuir a consistência deste último país como Estado-nação.

Neste texto apresenta uma imagem negativa da designada "Revolução de Maidan" ou "Euromaidan" que implicou a queda do Presidente “pró-russo” Viktor Fedorovych Yanukovych, que eclodiu após a sua decisão de suspender um acordo de associação com a UE em finais de 2013 que considerava nefasto para os interesses nacionais, e reforçar a cooperação económica com a Rússia.

Um dos principais argumentos de Putin consiste em afirmar que o fim da URSS colocou 25 milhões de russos fora da Federação da Rússia, um drama "humanitário". Uma observação sobre a catástrofe geopolítica e humanitária soviética que constitui um alento para a sua estratégia política, diplomática, cultural, económica e militar de longo prazo. 

Putin divulgou este seu artigo num momento em que, nessa primavera, decorriam grandes manobras militares junto à fronteira da Ucrânia.

E em dezembro de 2021, a coincidir com a concentração de mais de 100.000 soldados na Bielorrússia e junto às fronteiras ucranianas, emitiu uma acusação mais grave a Kiev, a do "genocídio dos russos".

No seu artigo refere-se a uma unidade orgânica e substancial, que russos e ucranianos "formam um só povo, um todo", com destaque para o aspeto religioso desta "unidade" e onde a religião ganha supremacia sobre a política. E considera que as ligações entre a Ucrânia e outros países e instituições devem ser estabelecidas de acordo com a Rússia, lamentando que os dois países se tenham afastado.

Insiste na fraqueza do Estado ucraniano, na conjunção de forças internas e externas e de “agentes externos negativos” que comprometeram essa "unidade" primordial. E que fizeram erguer um "muro" que separou "um espaço histórico e espiritual de facto partilhado". Uma "tragédia" devido aos nossos "erros", mas também a "forças" que querem sabotar a "unidade" e que permanecem ameaçadoras e ativas, sublinhou então o Presidente da Federação da Rússia.

Putin considera que o Rus' de Kiev originário é a casa comum de russos, ucranianos e bielorrussos, e que a conversão de Vladimir I (958-1015) ao cristianismo originou os laços "parentais" dos três povos.

Sugere que, para fazer face às ingerências do estrangeiro próximo (Polónia, Alemanha), a independência da Ucrânia deveria ser controlada por Moscovo, e sempre considerou a possibilidade inscrita na Constituição soviética de as repúblicas federadas poderem separar-se da URSS – anunciada logo em 1924 mas ignorada até Gorbatchov – como uma "bomba ao retardador".

Na sua abordagem, também critica a política bolchevique de "indigenização" (desenvolvimento das especificidades locais dos povos constitutivos da URSS) que produziu "três povos eslavos distintos", russos, bielorrussos e ucranianos, em detrimento de uma "grande nação russa". Na sua perspetiva, a "Ucrânia moderna" é uma consequência artificial da política soviética.

Putin considera assim que a Ucrânia foi criada "em larga medida à custa da Rússia histórica" e que a "Rússia foi despojada". 

Os efeitos de Maidan

Em 2014, com a revolução de Maidan, que Moscovo define como um "golpe de Estado", foi acentuada uma ativa política de "descomunização" seguida de "desrussificação", e uma aproximação aos Estados Unidos, União Europeia e NATO, com um profundo impacto negativo nas trocas económicas e culturais com a Rússia.

Na perspetiva da liderança do Kremlin, a Ucrânia torna-se assim numa "testa de ponte" virada contra a Rússia, num inaceitável projeto "anti-russo". Diz que atual Ucrânia arriscava-se a ser forjada pela hostilidade à Rússia e ataca a política linguística do Governo ucraniano após 2014, que conduz os russos da Ucrânia a renunciar às suas "raízes" e a considerar a Rússia um "inimigo".

Assim, um Estado ucraniano "etnicamente puro" conduziria ao desaparecimento de centenas de milhares ou milhões de russos, uma verdadeira arma de "destruição massiva".

Religião, cismas, laços familiares

O cisma com o patriarcado de Moscovo, a cisão entre as igrejas russa e ucraniana foi outro dos argumentos de Putin para justificar a oposição de Kiev pós-Maidan a um espaço que partilhasse a língua, religião e referência partilhada a um passado comum.

Neste cenário, assinala que as regiões de Donetsk e Lugansk, no leste ucraniano,  pegaram em armas na primavera de 2014 para lutar contra a "limpeza étnica" que os ameaçava, o perigo de "pogroms" que podiam ser perpetrados pelos adeptos de Stepan Bandera (1909-1959), numa referência ao polémico líder ultranacionalista ucraniano e chefe da Organização dos nacionalistas ucranianos (OUN-B) e dirigente do Exército insurrecional ucraniano (UPA), que colaborou com os nazis após da invasão a URSS pela Alemanha de Hitler em 1941.

Assim, Putin recorreu à retórica para justificar uma intervenção na Ucrânia por motivos humanitários.

Mas também indica que "nós" respeitaremos a língua e tradições ucranianas e o desejo dos ucranianos num Estado "livre e próspero". Mas acrescenta que "é em parceria com a Rússia que esta verdadeira soberania é possível". E que o "parentesco" entre russos e ucranianos "transmite-se de geração em geração", que a pertença ao povo russo se transmite hereditariamente.

"Formamos um único povo", insiste no final. Para Putin, a história é antes de tudo o instrumento de uma política baseada no nacionalismo étnico, uma evidência considerada comprovada pela emergência do nacionalismo radical ucraniano, caracterizado por uma russofobia permanente e consistente.

Em oposição, Putin define-se como Presidente da Federação da Rússia e líder do povo russo. Nega a especificidade da Ucrânia enquanto Estado-nação, para afirmar a pertença da população russófona da Ucrânia ao "povo" russo e negar que a Ucrânia possa ter uma trajetória histórica diferente da Rússia ou da Bielorrússia.

A vasta abordagem de Putin, que remonta ao final do século X e ao Rus' de Kiev, destinava-se afinal justificar uma operação militar "humanitária" contra a Ucrânia, que deveria ser "desnazificada" e "desmilitarizada", que acabou por acontecer.

Aposta no expansionismo

A devastação provocada pela intervenção militar da Rússia na Ucrânia correspondeu em paralelo a um aumento da presença militar dos EUA na Europa e novas perspetivas de alargamento da NATO.

Nos corredores do poder em Washington, a invasão russa suscitou um amplo debate em torno de duas correntes principais: a primeira considera a ação militar um reflexo das fricções que a expansão da NATO em direção ao leste criou entre a Rússia e os Estados Unidos; o segundo campo contesta os “argumentos falaciosos” de Putin, sublinha a sua animosidade à democracia, e que um triunfo militar na Ucrânia e os seus efeitos na Rússia, e no mundo, constituem o único motivo da guerra.

No entanto este complexo conflito não pode ser reduzido a um único fator, e não impedir que se abordem as diversas circunstâncias que o provocaram.

Assim, qual a função da NATO, em particular a queda do "socialismo real" a partir de 1989, e que segurança europeia se pretende?

À semelhança da invasão do Iraque pelos EUA em 2003, o ataque da Rússia contra a Ucrânia pode ser considerado uma "guerra preventiva", movida contra um inimigo que no futuro poderia constituir uma séria ameaça. Mas são guerras que, para além de terem violado o direito humanitário internacional, tornam o mundo mais perigoso. 

“A mais vermelha de todas as linhas vermelhas”

O facto de Putin ser o principal responsável pela intensificação da guerra na Ucrânia, não implica que a atitude da NATO possa ser considerada irrepreensível. Quando a tensão subia e a guerra se aproximava, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o Presidente dos EUA Joe Biden continuavam a insistir que a declaração da Aliança Atlântica na cimeira de Bucareste em 2008, sobre a adesão da Ucrânia e a Geórgia, se mantinha atual, e que não era negociável a exigência de Putin em tornar a Ucrânia num estado "neutro", mesmo que as hipóteses de adesão da Ucrânia fossem escassas a curto prazo.

Durante 14 anos, a Ucrânia bateu à porta da NATO, e em vão. Mas essa possibilidade fez aumentar os receios da Rússia, colocando a Ucrânia em crescente perigo. Kiev foi deixada na incerteza, após uma decisão insensata, pela qual a Ucrânia paga hoje um pesado tributo, enquanto a NATO nada pagou. Pelo contrário.

Para quem considera a Rússia um país "naturalmente agressivo" e "irrecuperável", a expansão da NATO constituiria um "contrapeso" às ações presentes e futuras de um país, e que são explicadas pelo seu passado.

De facto, a oposição russa ao alagamento da NATO é muito anterior à presidência de Putin, remontando à década de 1990 quando sob a presidência de Boris Ieltsin a Rússia era aclamada como uma democracia, e um parceiro. Mas para os neoconservadores em Washington, Putin – que num discurso em 25 de abril de 2005 perante a Duma (Parlamento) considerou a dissolução da URSS como a “maior catástrofe geopolítica do século XX” – permanece o único responsável pela deterioração das relações russo-norte-americanas, mais uma justificação para o expansionismo da Aliança militar ocidental.

Documentos desclassificados demonstram que Ieltsin manifestou por diversas vezes junto da administração de Bill Clinton a sua oposição à expansão da NATO, posição que foi transmitida a Washington por importantes diplomatas dos EUA.

Em 10 de maio de 1995, durante um encontro em Moscovo, Ieltsin abordou a questão de forma direta com Clinton: "Desejo compreender claramente a vossa ideia de expansão da NATO, que se for em frente apenas entendo como uma humilhação para a Rússia. Como pensa que nós ficaríamos se um bloco continuar a existir enquanto o Pacto de Varsóvia foi abolido? (...) Talvez a solução consista em adiar a expansão da NATO até 2000, para que de seguida possamos propor nova ideias".

Uma sugestão totalmente ignorada.

Num despacho de fevereiro de 2008, redigido pouco antes da controversa cimeira de Bucareste e dirigido ao secretário de Estado, ao secretário da Defesa e aos chefes militares, o então embaixador dos Estados Unidos na Rússia, William Burns, atual chefe da CIA, considerava que "o alargamento da NATO, em particular à Ucrânia, permanece uma questão 'sensível e nevrálgica' para a Rússia" que a entende como uma "potencial ameaça militar". Burns também manifestava os receios de que esta questão "dividisse a Ucrânia em dois, implicando violências ou mesmo, segundo alguns, uma guerra civil, e que obrigaria a Rússia a determinar se deveria intervir".

Numa nota dirigida à então secretária de Estado Condoleezza Rice, ainda em fevereiro de 2008, Burns insistiu: "A entrada da Ucrânia na NATO é para a elite russa, e não apenas para Putin, a mais vermelha de todas as linhas vermelhas", considerando-a "um desafio direto aos interesses russos".

Assim, será redutor reduzir a aversão russa à expansão da NATO a uma "paranóia" de Putin e ao seu receio pela democracia, ou mesmo à autoritária tradição histórica da Rússia.

Mas durante Ieltsin, devido à sua fraqueza e dependência económica face ao ocidente, em particular face aos Estados Unidos, Moscovo teve de assinar o Ato fundador NATO-Rússia em maio de 1997, e ainda o Conselho NATO-Rússia, criado em maio de 2002, já com Putin no poder.

Após o consulado de Ieltsin, com uma Rússia à beira do colapso económico e Forças Armadas enfraquecidas, a chegada de Putin ao poder permite que a Rússia recupere a potência económica e militar necessária para uma nova posição de força.

O catalisador foi a já citada cimeira da NATO de Bucareste entre 2 e 4 de abril de 2008 (adesão da Ucrânia e Geórgia), com o primeiro sinal expresso na guerra entre 7 e 12 de agosto entre a Rússia e a Geórgia, quatro meses após a conclusão da cimeira.

Recorde-se ainda que no início de 2008, o Kosovo, antiga província da Sérvia, declarou unilateralmente a independência à revelia das instâncias internacionais, e que foi de imediato reconhecida pelos EUA e posteriormente pela generalidade dos países ocidentais, e de outras regiões do mundo.

Outro sinal sobre a prevalência do unilateralismo sobre o multilateralismo e que irá alterar de forma decisiva a abordagem geopolítica e a nova estratégia nacional de segurança do Kremlin. Ainda hoje, cerca de 100 países, incluindo Rússia, China, Brasil, Índia, África do Sul, Indonésia, para além de cinco Estados-membros da União Europeia, recusam reconhecer a independência do Kosovo.

E após a “revolução de Maidan” em 2014, por recear que este desfecho implicasse um exclusivo alinhamento com a NATO e UE, a Rússia anexou a Crimeia e apoiou as duas regiões separatistas no Donbass, Donetsk e Lugansk, em rebelião contra Kiev.

Depois, vieram os acordos de Minsk I e II, nunca respeitados, o Formato de Normandia envolvendo Rússia, Ucrânia, França e Alemanha, que não resultou, a guerra el larga escala e a decisão de anexação à Rússia dos ‘oblasts’ de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, para além da já consumada integração da península da Crimeia.

Mas este desfecho também poderá servir para questionar se os Estados Unidos, e a NATO, não falharam a ocasião, a partir de 1989, de fomentar uma ordem europeia que incluísse a Rússia, em detrimento de uma ordem que a manteve de fora, aumentando o seu sentimento de alienação e exclusão.

Regresso a Gorbatchov

Após a queda do Muro de Berlim, o colapso dos regimes do leste europeu aliados de Moscovo, e a dissolução do Pacto de Varsóvia em meados de 1991, surgiu um desafio decisivo: a possibilidade de existir uma nova forma de organizar a Europa que não implicasse o alargamento da Aliança em direção à fronteira russa como a única escolha possível.

Quando a unificação da Alemanha se tornou iminente, Mikhail Gorbatchov propôs a dissolução da NATO e do Pacto de Varsóvia em nome de uma nova ordem de segurança transeuropeia inclusiva, do Atlântico aos Urais.

O Presidente dos EUA George H. W. Bush rejeitou a ideia, tal como a de uma Alemanha unificada mas neutra. Em posição de fraqueza, o último líder da URSS não conseguiu contrariar as intenções dos EUA em manter a NATO na Europa e englobar na organização militar o conjunto da Alemanha unificada.

A “arrogância” ocidental intensificava-se. Os EUA renunciavam à “promessa” feita a Moscovo, nunca firmada num documento oficial, de renunciar à expansão da NATO em direção a leste, em troca da unificação alemã e a incorporação da extinta RDA na organização militar aliada.

A posição de Bush sugere que, mesmo com o final da Guerra Fria, os EUA pretendiam uma NATO alargada e com tropas e armas na Alemanha de leste, corredor em direção ao centro-leste europeu.

Hoje, os que possuem maior influência na política externa dos EUA não perdem tempo a meditar sobre as diversas ocasiões perdidas. A intervenção militar da Rússia passou a ser interpretada como uma resposta à decisão de prosseguir a expansão da NATO.

A opinião dominante defendia que os EUA redobrassem os esforços e aumentassem a sua presença militar na Europa, incluindo no flanco oriental da NATO. Mesmo que a secção IV do Ato fundador NATO-Rússia estipulasse que não haveria "estacionamento permanente suplementar de importantes forças de combate" nessa região.

Já os defensores do "modelo europeu" consideram que à Europa falta vontade política...  E que a verdadeira lição a tirar da invasão da Ucrânia pela Rússia é que a Europa deve, a um ritmo moderado mas deliberado e efetivo, evoluir para uma maior autonomia em termos de defesa, mesmo que evite o objetivo mais ambicioso da "autonomia estratégica".

Em jeito de conclusão

Desencadear uma guerra é a parte "fácil". Pelo contrário, é difícil, mesmo impossível, servir-se desse argumento para obter o que possa ser entendido como um sucesso estratégico.

Uma guerra significa que um número indiscriminado de pessoas vê as suas vidas, num amplo sentido, expostas à destruição.

A invasão da Rússia e a devastação que está a provocar não nos deve inibir de tentar entender as causas do conflito, também um exercício necessário para tentar forçar à sua resolução.

Será premente que a ética da palavra pública se afirme, de reconhecer a complexidade da situação, de garantir a possibilidade de "tomar uma posição".

Surgiram tentativas de intimidação, apelos ao silêncio, um aumento da violência verbal, a multiplicação dos insultos. E entre sentimentos de insegurança e culpabilidade, consideram-se cúmplices do "agressor" quem se opõe às suas opções e conclusões.

Afinal, o paradoxo de nos pronunciarmos sobre um tema, com os riscos do erro, da intriga, mesmo do ridículo. Mas num momento em que uma guerra global se tornou numa possibilidade concreta no nosso horizonte, que nem a “Conferência da Paz” organizada pelos aliados de Zelensky não consegui dissipar.

Afinal, a Rússia ainda não desistiu de reassumir a função de decisivo ator na geopolítica internacional, de voltar a ser considerado um interlocutor imprescindível na arena internacional. Afinal, um dos principias objetivos de Putin e que tenta concretizar, custe o que custar.

Pedro Caldeira Rodrigues , Abril 2022/Junho 2024   

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