Foi anunciado esta semana que o governo Russo proibiu uma série de jornais e televisões da Europa de serem consultados e vistos naquele país.
Recorde-se que essa atitude
censória aconteceu mais de dois anos depois de, na União Europeia, se ter
tomado a mesma atitude censória em relação a órgão de informação da Rússia.
Se a censura é uma arma “lógica”
num regime autoritário, ela é menos compreensível em regimes democráticos.
Ou seja, desta vez um governo
autoritário, como o russo, limitou-se a seguir o modelo que já tinha sido
aplicado pela União Europeia.
Isto vem a propósito da forma
como o livro de Bruno Amaral Carvalho tem sido recebido, sujeito à perseguição
e a ameaças por quem acusa o autor de “fazer propaganda russa”.
Só por sectarismo doentio, por
falta de cultura democrática ou por intoxicação propagandística se pode “aceitar”
as perseguições e as acusações feitas a
esse livro e ao seu autor.
O livro em causa relata o
outro lado da guerra, aquele que, por censura e propaganda, não costuma chegar
aos órgãos de comunicação social ocidentais, para não estragar a narrativa dos “russos
maus” e dos “ucranianos bons”.
O que esse livro descreve é o
outro lado de uma guerra, para uns iniciada com o golpe de Estado do “maiden”
em 2004, quando se iniciou a perseguição e o massacre das populações de origem
russa, por parte de milícias ucranianas, algumas assumidamente de ideologia
nazi, seguidores do criminoso de guerra Banderas, situação que serviu de “pretexto”
para a invasão da Crimeia pelos russos e para o inicio de uma guerra civil na
região do Donbass, e que, para outros , se iniciou com a ilegal e criminosa
invasão da Ucrânia, em 2022, pela Rússia
de Putin.
O livro de Bruno Amaral de
Carvalho faz um relato independente e objectivo daquilo que ele viu no Donbass
e, quando no futuro, os ânimos se acalmarem, este livro será de leitura
obrigatória para se conhecer o que se passou num dos lados da guerra, tal como
irá acontecer com um outro conjunto de crónicas, divulgadas neste blog, da
autoria do jornalista Pedro Caldeira Cabral, descrevendo o que se passou do
lado da Ucrânia, com a mesma objectividade e tarimba de um experiente
jornalista de guerra.
Chama-se a isso, PLURALISMO INFORMATIVO.
O resto não passa de propaganda e sectarismo.
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