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sexta-feira, 28 de junho de 2024

A Guerra a Leste – 8 meses no Donbass


Foi anunciado esta semana que o governo Russo proibiu uma série de jornais e televisões da Europa de serem consultados e vistos naquele país.

Recorde-se que essa atitude censória aconteceu mais de dois anos depois de, na União Europeia, se ter tomado a mesma atitude censória em relação a órgão de informação da Rússia.

Se a censura é uma arma “lógica” num regime autoritário, ela é menos compreensível em regimes democráticos.

Ou seja, desta vez um governo autoritário, como o russo, limitou-se a seguir o modelo que já tinha sido aplicado pela União Europeia.

Isto vem a propósito da forma como o livro de Bruno Amaral Carvalho tem sido recebido, sujeito à perseguição e a ameaças por quem acusa o autor de “fazer propaganda russa”.

Só por sectarismo doentio, por falta de cultura democrática ou por intoxicação propagandística se pode “aceitar” as perseguições e as acusações  feitas a esse livro e ao seu autor.

O livro em causa relata o outro lado da guerra, aquele que, por censura e propaganda, não costuma chegar aos órgãos de comunicação social ocidentais, para não estragar a narrativa dos “russos maus” e dos “ucranianos bons”.

O que esse livro descreve é o outro lado de uma guerra, para uns iniciada com o golpe de Estado do “maiden” em 2004, quando se iniciou a perseguição e o massacre das populações de origem russa, por parte de milícias ucranianas, algumas assumidamente de ideologia nazi, seguidores do criminoso de guerra Banderas, situação que serviu de “pretexto” para a invasão da Crimeia pelos russos e para o inicio de uma guerra civil na região do Donbass, e que, para outros , se iniciou com a ilegal e criminosa invasão da Ucrânia, em 2022,  pela Rússia de Putin.

O livro de Bruno Amaral de Carvalho faz um relato independente e objectivo daquilo que ele viu no Donbass e, quando no futuro, os ânimos se acalmarem, este livro será de leitura obrigatória para se conhecer o que se passou num dos lados da guerra, tal como irá acontecer com um outro conjunto de crónicas, divulgadas neste blog, da autoria do jornalista Pedro Caldeira Cabral, descrevendo o que se passou do lado da Ucrânia, com a mesma objectividade e tarimba de um experiente jornalista de guerra.

Chama-se a isso, PLURALISMO INFORMATIVO.

O resto não passa de propaganda e sectarismo.

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