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sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

“Previsões” sobre umas eleições imprevisíveis:


Partidos

Sondagem Católica

Sondagem ISCTE

 

Deputados

 

 

PS

36%

95-105

35%

92-106

PSD

33%

89-99

33%

87-101

BE

6%

6-13

5%

4-10

CDU

5%

4-10

6%

6-12

IL

6%

5-10

6%

7-13

CH

6%

7-9

6%

6-12

CDS

2%

0-2

1%

0-1

PAN

2%

1-2

2%

1-3

Livre

2%

1-2

1%

0-1

Outros/brancos/nulos

2%

0

5%

0

 Há muitos anos que não se disputava um acto eleitoral cujo resultado final é tão imprevisível

Embora todas as sondagens apontem para uma vitória tangencial do PS, existe um empate técnico que permite ao PSD acalentar a esperança de vencer estas eleições.

Se tivermos em conta que nenhuma sondagem credível errou, até hoje, por mais de 2%, a vitória tangencial do PS parece garantida, já que, naquelas que são as mais credíveis (a da Universidade Católica e a do ISCTE, mais a primeira que a segunda – Ver em cima) colocam o PSD a mais de 2% de diferença.

Há que recordar também que, historicamente, a CDU costuma ter pior resultado do que nas sondagens, já que existe algum receio de algumas pessoas em se declararem apoiante dessa força política. Situação idêntica pode-se registar em relação ao CHEGA, por razões diferentes, vergonha em declarar-se apoiante de um partido xenófobo e extremista. Por isso o rsultado final dessas duas forças até pode ser significativamente melhor do que aquele que é declarado nas sondagens.

Mas existem outros factores que podem baralhar a situação, como seja a atitude dos quase um milhão de confinados, a atitude dos mais velhos, cuja abstenção parece beneficiar a direita, e a dos mais novos, a votar pela primeira vez, cuja ida às urnas parece beneficiar o Iniciativa Liberal, o Bloco de Esquerda (já não tanto como anteriormente), o PAN ou até o LIVRE.

Há ainda que contar que, como a eleição não é nacional,  mas por círculos eleitorais, até pode acontecer que o partido com mais votos a nível nacional não obtenha o primeiro lugar na distribuição de deputados, situação que também é verdadeira para os partidos mais pequenos, beneficiando os que tem maior concentração eleitoral nos grandes círculos urbanos (principalmente Lisboa e Porto, como acontece com a Iniciativa Liberal e o Livre), ou em certas zonas geográficas (como acontece com a CDU no Alentejo).

Pode assim acontecer que, mesmo com percentagens inferiores, uns partidos consigam eleger mais deputados que partidos que obtenham percentagens superiores, mas cuja votação esteja mais dispersa (como como pode acontecer com o BE, o Chega, o PAN e o CDS).

Para o PS, uma grande vitória seria obter uma maioria absoluta, situação que parece improvável. Uma vitória significativa seria, sem maioria absoluta, só necessitar de negociar, ou com um partido, ou apenas com o PAN ou o Livre, os único que lhe dão garantias de estabilidade, embora a CDU ou o BE, mudando de atitude, também possam entrar nessa equação. No mínimo espera-se que seja o vencedor, mesmo de forma tangencial.

Para o PSD, a grande vitória será…ganhar mesmo!, seja ou não uma vitória tangencial, mas já pode cantar vitória se, perdendo, não ficar muito distante do PS, ou se, até perdendo, vier a liderar uma direita maioritária no parlamento.

Uma vitória para o BE seria ficar em terceiro lugar, mas, mesmo assim, é provável que veja a sua representação parlamentar muito reduzida.

Para a CDU seria igualmente uma vitória ocupar essa posição, ou, no mínimo, ficar à frente do CHEGA e o IL. Ao que parece, e seja qual for o resultado, não será tão penalizado como se temia no principio.

Para o Iniciativa Liberal uma vitória é ficar acima dos 6% e eleger um mínimo de 5 deputados, vitória ainda maior se conseguir ficar `frente do BE e/ou da CDU, maior ainda se depender de si a formação de um governo de direita.

O CHEGA colocou a fasquia muito alta, nos 7% e no terceiro lugar. Mesmo que seja um dos partidos a subir na votação e na representação parlamentar, o facto de insistir naquela fasquia, caso esta não seja conseguida, vai reduzir a sensação de vitória .

Para o PAN e o CDS, a situação avizinha-se dramática, já que parecem ser os partidos que, juntamente como o BE, mais votantes podem perder para o voto útil, no caso do CDS perdendo também para novas formações politicas da direita como o CHEGA e o IL.

Qualquer resultado que seja o dobro do previsto em sondagem pode ser, pelo contrário, considerado uma vitória para esses dois partidos.

O LIVRE já vem sendo anunciado como um dos vencedores da noite, bastando para isso conseguir eleger 2 deputados, feito tanto mais relevante, quanto foi prejudicado com a prestação da candidata eleita por esse partido nas anteriores legislativa. Uma derrota é não eleger ninguém.

Existem ainda alguns partidos que, não entrando na equação, podem surpreender, como, à direita do Aliança, ao cento o VOLT e até, à esquerda, de um renovado MAS.

Está quase tudo em aberto, e, por isso…prognóstico só…no final do jogo!

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