Está cumprido o desígnio, traçado para Portugal, pelo influente e semissecreto
Grupo Bilderberg em 2008 (sobre este grupo, leia-se o que escrevemos AQUI).
Esse grupo, conhecido por reunir os políticos, jornalistas , empresários
e economistas mais influentes do mundo e acusado pelos seus detractores de
funcionar como uma espécie de máfia que decide os destinos do mundo, e que costuma
convidara e lançar figuras da sua confiança na vida politica, convidou em 2008
duas figuras, então de segundo plano nos respetivos partidos : António Costa e….Rui
Rio.
Portuguesas, só costumam ser convidadas figuras do PS ou do PSD. Paulo
Portas foi a única excepção.
Portugal tem direito a três convidados, escolhidos até 2015 por Pinto
Balsemão, nada mais nada menos que o patrão dos órgãos de comunicação social
que mais influencia têm em Portugal na “formatação” da opinião pública e, por
isso, com poder para vender políticos com quem vende sabão…
Em 2015 Balsemão foi substituído na tarefa junto daquele grupo por
Durão Barroso. O que é um facto é que nunca mais se ouviu falar nas reuniões
daquele grupo.
Quando em 2008 António Costa e Rui Rio compareceram naquela reunião
especulou-se sobre o destino que o grupo reservava àquelas figuras, falando-se
na facilidade de entendimento entre eles para reforçar um bloco central em
Portugal.
António Costa é hoje primeiro-ministro, mas talvez em circunstâncias
não previsíveis por aquela elite de gente influente, dando-nos alguma esperança
de que aquela gente pode ser contrariada democraticamente e os seus objectivos
podem ser travados pelas circunstâncias da história, apesar de todos os poderes manipulatórios que
aquele grupo e outros do género (maçonarias , Opus Dei…) têm ao seu dispor.
Mas é um facto que os objectivos da “geringonça” estão praticamente
cumpridos, que estamos a pouco mais de um ano de eleições legislativas, que os
desentendimentos entre aliados no governo começam a ser frequentes e que um
certo estilo “socrático”, que estava adormecido no PS, começa a reerguer-se.
Ora, a imprevisível eleição de Rui Rio para liderar o PSD parece surgir num momento chave para iniciar
a reconstrução do centrão após as próximas eleições legislativas, até porque a “geringonça”
está no limite do equilíbrio entre as imposições da burocracia de Bruxelas e o
programa social da esquerda.
Claro que Rui Rio não tem o seu lugar seguro e também existe alguma
imprevisibilidade na sua manutenção, já que o “passoscoelhismo” controla o
grupo parlamentar e as estruturas do partido.
Rui Rio arrisca-se, caso não obtenha um bom resultado eleitoral, a ser
um líder a prazo, abrindo caminho a um regresso triunfal de Passos Coelho e/ou
de alguém que lhe seja próximo.
Mas, se as coisas correrem de "feição", com o aval do Presidente da República,
que também já esteve em Bilderberg, corre-se o risco de assistirmos ao regresso
do famigerado “centrão” de má memória, que nos conduziu à bancarrota “socrática”
e ao “austeritarismo” troikista do “passoscoelhismo” e à vitória da estratégia antissocial
daquele influente grupo de “opinião”.
Oxalá estejamos errados!
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