Este fim-de-semana vai ser eleito o novo dirigente do PPD/PSD, o maior
partido da oposição e, para alguns, e de acordo com as últimas legislativas, o
maior partido português (situação recentemente desmentida pelas eleições
autárquicas e pelas mais recentes sondagens…).
Sob a direcção de Passos Coelho, esse partido, um dos fundadores do
actual regime democrático, abandonou o que restava da sua componente “social-democrática”,
imprimida no seu ADN pelo fundador Sá Carneiro, e tornou-se um partido que substituiu
o “social” pelo “neoliberalismo” e o “democrático” pelo “populismo”.
Na “campanha”, onde se enfrentaram Rio e Santana, pouco se discutiu
sobre uma alternativa para o país ou sobre uma alternativa ao rumo interno imposto
por Coelho.
Essa “campanha” serviu apenas para cada um dos candidatos exibir um total
vazio de ideias, limitando-se ao mero ataque pessoal, à exibição de vaidades
própria e a uma constrangedora tentativa de limpar um passado de falta de
fidelidade ao “chefe” (Passos Coelho) que nenhum deles, nesta campanha, se
atreveu a questionar: “espelho meu, espelho meu, existe alguém mais
passoscoelhista e neoliberal do que eu???” !!!!
Parecendo improvável uma vitória eleitoral do PPD/PSD nas próximas legislativas, tudo
aponta para que o próximo eleito se limite a ser um gestor de um partido com
dificuldades de afirmação, abrindo caminho ao regresso, como “salvador”, de…
Passos Coelho.
Para o comum dos mortais, a boa notícia é que vamos deixar de ter os
noticiários cheios de “Rios” e “Santanas” a abrir emissões e a ocuparem espaços
informativos… a má notícia é que esse espaço volta a ser ocupado pelos “casos”
do futebol!!!
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