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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Eleições no PSD …ou a “era do vazio”…

(Fonte: Inimigo Público, Jornal Público de 12/1/2018)

Este fim-de-semana vai ser eleito o novo dirigente do PPD/PSD, o maior partido da oposição e, para alguns, e de acordo com as últimas legislativas, o maior partido português (situação recentemente desmentida pelas eleições autárquicas e pelas mais recentes sondagens…).

Sob a direcção de Passos Coelho, esse partido, um dos fundadores do actual regime democrático, abandonou o que restava da sua componente “social-democrática”, imprimida no seu ADN pelo  fundador Sá Carneiro, e tornou-se um partido que substituiu o “social” pelo “neoliberalismo” e o “democrático” pelo “populismo”.

Na “campanha”, onde se enfrentaram Rio e Santana, pouco se discutiu sobre uma alternativa para o país ou sobre uma alternativa ao rumo interno imposto por Coelho.

Essa “campanha” serviu apenas para cada um dos candidatos exibir um total vazio de ideias, limitando-se ao mero ataque pessoal, à exibição de vaidades própria e a uma constrangedora tentativa de limpar um passado de falta de fidelidade ao “chefe” (Passos Coelho) que nenhum deles, nesta campanha, se atreveu a questionar: “espelho meu, espelho meu, existe alguém mais passoscoelhista e neoliberal do que eu???” !!!!

Parecendo improvável uma vitória eleitoral do  PPD/PSD nas próximas legislativas, tudo aponta para que o próximo eleito se limite a ser um gestor de um partido com dificuldades de afirmação, abrindo  caminho ao regresso, como “salvador”, de… Passos Coelho.

Para o comum dos mortais, a boa notícia é que vamos deixar de ter os noticiários cheios de “Rios” e “Santanas” a abrir emissões e a ocuparem espaços informativos… a má notícia é que esse espaço volta a ser ocupado pelos “casos” do futebol!!!