Começo com uma pergunta:
Alguém conhece uma Associação privada de Solidariedade Social que pague aos
seus dirigentes um ordenado de três mil euros e outro tanto de ajudas de custo,
e que pague a um consultor 63 mil euros anuais pela colaboração?
Eu pensava que ninguém conhecia, nem havia disso em instituições
privadas, financiadas pelo Estado, principalmente quando essas instituições
dizem ter um carácter solidário e caritativo.
Agora fico a saber que existe uma Instituição que pagava aqueles
valores à sua directora, Paulo Brito Costa, e a um consultor, que era, “por
acaso” o demitido secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado e, ainda por
cima, a primeira usava muito do dinheiro dessa Instituição em proveito pessoal
e o segundo usava o seu poder para dar a essa Instituição e à sua mentora privilégios
que não estão acessíveis à maior parte das instituições do mesmo género, muitas
delas lutando pela sobrevivência diária.
E, o que é mais grave, é que desconfio que este caso não será o único!
E já agora, como é que gente tão bem relacionada no meio, desde o actual
Presidente da República ao actual Ministro da Solidariedade Social, passando
por Leonor Beleza e Maria de Belém, desempenhavam funções e colaboravam com aquela
Insituição e nunca deram por nada???
Penso que, se se puxar o fio à meada, muita àgua vai correr, e é toda uma
geração de políticos, economistas, gente do “jet-set”, interesses farmacêuticos
e financeiros, que nos conduziu ao descalabro dos últimos vinte anos, que terá
de prestar contas, indo fazer companhia a Sócrates, Delgados, Duarte Limas , e a “tecoformicos”
vários…
Se houver coragem é o fim definitivo do “centrão!
Os anos de Sócrates e da Troika, mais a propaganda neoliberal do “menos
Estado e mais negócios”, criaram uma
situação onde a honestidade, a verdadeira solidariedade e o respeito pelos mais
fracos se tornaram…uma coisa RARÍSSIMA!!!
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