Aquilo que se passa no Brasil,no chamado processo de "impeachment" contra Dilma Roussef é uma grande farsa, como ontem se viu em directo no parlamento daquele país ("Uma turba perigosa e sem escrúpulos" segundo o jornalista Manuel Carvalho do jornal Público).
"O Grande Ódio" (título da crónica de Vinicius Torres Freire, da Folha de São Paulo), que se espalhou como um vírus pela sociedade brasileira parece conduzir o Brasil para um beco sem saída, corroendo ( e corrompendo) a sua jovem democracia.
Se Dilma tem culpas no cartório, não existe contudo um único processo de corrupção que envolva a presidente.
O contrário não se pode dizer de 60% dos deputados ( quase a totalidade dos que votaram pelo "impeeachment") e dos líderes da iniciativa, como Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, sobre o qual estão pendentes vários processos de corrupção e conhecimento de contas não declarada em paraísos fiscais,com no Panamá. ("O País do Passado", crónica de Rui Tavares).
Ou seja, a turba que domina aquela câmara de deputados tudo faz para desviar as atenções da sua ligação maioritária à corrupção que mina a democracia brasileira, fazendo de Dilma o seu bode expiatório, esperançados que o provável sucessor na presidência, Michel Temer, em nome da "reconciliação", faça tábua rasa da corrupção em que estão envolvidos.
O povo brasileiro não merecia tanta "sujeira"...
Sem comentários:
Enviar um comentário