O Diário de Notícias inicia hoje a divulgação de uma extensa
reportagem sobre o caso BPN.
Aquilo que ficámos a saber, na reportagem de hoje, já é suficiente para, em definitivo, ficarmos
com uma ideia para onde vai grande parte do resultado financeiro da austeridade
que nos andam a impingir.
O buraco previsível de mais de 8 mil milhões nas contas do
Estado que a incompetência de Vitor Constâncio e Teixeira dos Santos nos vai obrigar
a pagar fica evidente nos dados desta reportagem.
O mais grave é toda a rede de corrupção e favorecimento que
envolveu esse banco e que continuou a servir muitos, já depois da sua
nacionalização pela “troika” de incompetentes que a levaram a cabo, Sócrates,
Teixeira dos Santos e Constâncio, e que
se prolongou com o negócio da venda daquele banco aos homens do BIC, com
gravosos custos para os contribuintes, esta uma iniciativa irresponsável do
actual governo liderado por Passos Coelho.
Ficamos a saber que o buraco previsível desse negócio é
equivalentes aos três anos de cortes nos subsídios de férias e de Natal impostos
aos funcionários públicos e que dariam para construir 13 pontes Vasco da Gama…
Ficamos a saber que muita gente lucrou com os empréstimos
altamente vantajosos e aos quais nenhum cidadão “normal” sonhará um dia
beneficiar, e que entre os que beneficiaram de crédito privilegiado junto desse
banco, com valores que variam entre as centenas de milhares de euros e as
dezenas de milhões, estão figuras como….Cavaco
Silva, Miguel Cadilhe, Oliveira e Costa, Duarte Lima, Arlindo Carvalho, Dias
Loureiro, Luís Filipe Vieira, Luís Filipe Scolari ou Capinha Lopes, este o
arquitecto do Freeport, entre muitos outros.
Ficamos a saber ainda que, já depois de nacionalizado, várias
empresas públicas e privadas beneficiaram de créditos desse banco em condições
especiais, a que nenhuma média ou pequena emprese poderá alguma vez aceder, e
que entre essas empresas estão o Grupo Sonae, o Grupo Amorim, a Soares da
Costa, o Grupo Lena ou a Mota Engil, entre
outras…
Ficámos ainda a saber que o governo de José Sócrates colocou
gestores nesse banco a ganhar 17 mil euros por mês, que alguns acumulavam com o
ordenado da Caixa Geral de Depósitos, instituição que atravessa actualmente
graves problemas financeiros por causa do seu envolvimento na nacionalização
daquele banco.
Tudo isto é apenas uma parte do que ficámos a saber hoje…ao
longo da semana o Diário de Notícias promete mais revelações…
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