Caçada de Juan Carlos continua a suscitar polémica - Globo - DN (clicar para ler notícia)
Aí pelos idos da década de 60 passou nos écrans (sim, nesse tempo existiam verdadeiros écrans, gigantescos mesmo…) um filme, intitulado “Mundo Cão”, que causou algum incómodo nas consciências “bem pensantes” deste país, então ainda acomodado ao cinzentismo salazarento.
No fundo esse filme reunia toda uma série de bizarrices por esse mundo fora, fosse um povo que comia insectos ou a miséria mais abjecta da espécie humana.
…no fundo os cães não eram para aí chamados e esse mundo, retratado no filme, era bem humano.
Lembrei-me desse filme, que não vi, mas foi muito comentado em casa pelos meus pais que o viram por mim, ao ver aquela patética fotografia de um rei caquético, segurando-se a uma espingarda de grande porte, exibindo um elefante abatido pelo próprio (ou pelo amigo loiraço do lado?), uma cena macabra do que mais abjeto pode ser a atitude de homens que se portam como autênticos selvagens.
Já não me chocam tanto os milhares de euros que essa desgraçada e vergonhosa aventura terá custado ao erário público de um país com 20% dos seus trabalhadores desempregados e uma degradação profunda do nível de vida da sua sociedade. A isso anda esta desgraçada Europa mais que habituada.
Choca-me aquela imagem, pela boçalidade do rei que exibe cobardemente o fruto da sua bestialidade.
Neste “filme” a besta é o homem/rei e a grandeza, mais que literal, é a do paquiderme que, mesmo depois de cruelmente assassinado, exibe toda a nobreza do seu ser…
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