Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

21 de Setembro - Dia Internacional da Paz

                                     
Não deixa de ser tragicamente irónico que hoje, dia 21 de Setembro, seja o “Dia Internacional da Paz”, declarado como tal pala ONU, exactamente no dia em que só se fala em guerra, devido a mais um panfletário e belicista discurso do ditador Putin.

A minha esperança é que o feitiço se vire contra o “feiticeiro” (Putin) e o povo russo se levante de vez contra a guerra.

O grave é que os povos, muitas vezes, levam tempo a acordar, como aconteceu em Portugal, onde só “acordou” após 13 anos de uma guerra injusta, e não se pode estar tanto tempo à espera que os russos “acordem, até porque, o que se perfila para substituir Putin é ainda pior.

Além disso, o agravante da situação actual é que estamos a falar de uma potência nuclear.

Claro que o discurso belicista do outro lado também tem ajudado à festa, principalmente por parte da NATO e dos Estados Unidos, que aproveitam a situação para “vender” o seu “produto” e “entalar” a União Europeia.

Pior ainda, a dificuldade em resolver esta situação é que esta guerra não pode ter vencedores nem vencidos, mas também não pode acabar a beneficiar o infractor (a Rússia de Putin).

No meio disto, as únicas personagens com “tino” e capazes de fazer alguma coisa pela humanidade (o papa Francisco e o secretário-geral da ONU, António Guterres) não têm qualquer poder de intervenção.

Paradoxalmente, a “esperança” de pôr cobro ao conflito e evitar mais destruição reside em países como a China e a Turquia, ambos governados por regimes ditatoriais e autocracias que não são muito mais recomendáveis do que o regime criado por Putin.

No fundo, no fundo, deviamos continuar a insistir na defesa da paz, mas uma paz que não pode ser defendida à custa da Ucrânia e do seu povo.

A “curva” está cada vez mais apertada, mas costuma-se dizer que é nas “cusrvas apertadas” que surgem os grandes “condutores”.

Não vislumbro nenhum “condutor” capaz de ultrapassar a “curva”, mas cada um de nós pode tentar dar uma “forcinha” na defesa da paz, para que, mesmo em tempo de guerra, não se perca de vista esse grande objectivo da humanidade ou, depois da “guerra”…não haverá humanidade!

Sem comentários: