Não deixa de ser tragicamente irónico que hoje, dia 21 de Setembro,
seja o “Dia Internacional da Paz”, declarado como tal pala ONU, exactamente no
dia em que só se fala em guerra, devido a mais um panfletário e belicista
discurso do ditador Putin.
A minha esperança é que o feitiço se vire contra o “feiticeiro” (Putin)
e o povo russo se levante de vez contra a guerra.
O grave é que os povos, muitas vezes, levam tempo a acordar, como
aconteceu em Portugal, onde só “acordou” após 13 anos de uma guerra injusta, e
não se pode estar tanto tempo à espera que os russos “acordem, até porque, o
que se perfila para substituir Putin é ainda pior.
Além disso, o agravante da situação actual é que estamos a falar de uma
potência nuclear.
Claro que o discurso belicista do outro lado também tem ajudado à festa,
principalmente por parte da NATO e dos Estados Unidos, que aproveitam a
situação para “vender” o seu “produto” e “entalar” a União Europeia.
Pior ainda, a dificuldade em resolver esta situação é que esta guerra
não pode ter vencedores nem vencidos, mas também não pode acabar a beneficiar o
infractor (a Rússia de Putin).
No meio disto, as únicas personagens com “tino” e capazes de fazer
alguma coisa pela humanidade (o papa Francisco e o secretário-geral da ONU,
António Guterres) não têm qualquer poder de intervenção.
Paradoxalmente, a “esperança” de pôr cobro ao conflito e evitar mais
destruição reside em países como a China e a Turquia, ambos governados por
regimes ditatoriais e autocracias que não são muito mais recomendáveis do que o regime
criado por Putin.
No fundo, no fundo, deviamos continuar a insistir na defesa da paz, mas
uma paz que não pode ser defendida à custa da Ucrânia e do seu povo.
A “curva” está cada vez mais apertada, mas costuma-se dizer que é nas “cusrvas
apertadas” que surgem os grandes “condutores”.
Não vislumbro nenhum “condutor” capaz de ultrapassar a “curva”, mas cada um de nós pode tentar dar uma “forcinha” na defesa da paz, para que, mesmo em tempo de guerra, não se perca de vista esse grande objectivo da humanidade ou, depois da “guerra”…não haverá humanidade!
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