Voltamos hoje à divulgação de dados sobre a evolução mensal do Covid-19 no mundo, ao longo do mês de Setembro, comparando os dados divulgados pela OMS e registados em 30 de Agosto último, com os de 30 de Setembro passado.
Brasil – 142 058;
Índia – 97
497;
Reino Unido – 42 001;
Itália – 35 851;
França – 31 608;
Espanha – 31 232;
Irão – 25 986;
Rússia – 20 545;
África do
Sul – 16 586;
Bélgica – 9 987;
Alemanha – 9 471;
Canadá – 9 278;
Turquia – 8
062;
Holanda – 6 371;
Suécia – 5 880;
Suíça – 1 779;
Japão – 1 564;
Israel – 1
446;
Austrália
– 882 (subiu 2 lugares);
Áustria – 796;
Dinamarca – 649;
República Checa – 618;
Coreia
do Sul – 413 (subiu um lugar);
Grécia
– 383 (subiu 2 lugares);
Palestina
– 366 (subiu 2 lugares);
Finlândia – 345;
Noruega – 274;
Angola – 176;
Cuba – 122;
Nova Zelândia – 25;
Islândia – 10.
Em relação ao mês anterior, registaram-se as alterações no trágico “ranking” da mortalidade assinalados a vermelho, registando-se também, pela positiva, o caso da China que, pela primeira vez, passou a ficar abaixo da média mundial. Portugal manteve a sua posição neste grupo de 35 países.
Apenas 1 países não registou óbitos ao longo do mês de Setembro, a Islândia, situação que se mantem desde Julho.
O número acumulado de mortos não nos permite, só por si, observar o ritmo de crescimento da mortalidade.
Em baixo registamos o crescimento percentual de mortes registadas ao longo deste mês, podendo observar os países onde esse crescimento é maior, mais rápido e mais preocupantes e aqueles que registam um maior abrandamento (entre parênteses, velocidade de crescimento no anterior mês de Agosto).
(crescimento mensal da mortalidade acima dos 50%):
Angola
– 66, 03 (não tinha dados anteriormente)
Israel – 63,38
(85,53) ;
Índia
– 53, 34 (81,51) (subiu 1 lugares);
Velocidade de crescimento “preocupante”
(entre 20% e 50%):
Austrália – 47 (240,90) (desceu um patamar);
Grécia-
43,87 (27,58);
Cuba
-29,78 (8,04) (subiu 2 patamares).
Turquia- 29,09 (10,62)
(subiu um patamar);
Coreia
do Sul –27,86 (7,66) (subiu 2 patamares);
Japão
– 23,73 (25,89);
Irão – 21,68 (32,27);
África do Sul – 20,68 (83,31) (desceu um
patamar);
Rússia – 20,67 (24,51);
Evolução “lenta”, mas ainda perigosa
(entre 10 e 20%):
Estados Unidos – 12,83 (21,56) (desceu um
patamar);
Nova
Zelândia – 12 (0) (subiu dois patamares);
Ritmo aceitável, mas ainda não controlado (crescimento entre 5 e 10%):
PORTUGAL – 7,82 (5,40);
Áustria – 7,77 (2,80) (subiu um patamar);
Espanha-
7,65 (2,02) (subiu um patamar);
A
caminho da “extinção” (abaixo de 5%):
Noruega – 3,78 (3,52);
França – 3,76 (1,17);
Suíça –3,10 ( 1,29);
Finlândia – 2,90 (1,82);
Holanda – 2,57 (1,07);
Alemanha – 1,95 (1,76);
Canadá- 1,86 (2,19);
Irlanda –1,37 ( 0,73);
Reino Unido – 1,24 ( (-) 9,57);
Itália – 1,06 (0,99);
Bélgica – 1,02 (0,53);
Suécia – 1,01 (2,08);
China – 0,38 (1,35);
Islândia – 0 (0);
Contudo, foram muitos os países que viram a sua situação a piorar,
registando acelerações significativas.
A vermelho registámos os países com pioria mais significativa.
Pelo contrário, a verde registámos os países com evolução positiva, embora
alguns deles não sejam transparentes na divulgação dos números.
Portugal mantem-se no mesmo patamar, mas desceu um lugar.
Crescimento
Descontrolado
(crescimento mensal de infectados acima dos 50%):
Israel
– 106,41 (72,07); (subiu 3 lugares);
França
– 106,19 (46,10) (subiu de patamar e 9 lugares);
Angola
– 94,13 (sem dados comparativos).
Grécia- 80,68 (129,18);
Índia – 75,76 (123,68);
Palestina – 75,67 (104,67);
Holanda-
65,67 (29,39) (subiu de patamar e 8 lugares);
Áustria
– 63,97 (29,40) (subiu de patamar e 7 lugares);
Espanha- 63,10 (56,54);
Dinamarca
-62,10 (23,00) (subiu de patamar e 9 lugares);
Crescimento Preocupante
(entre 20 e 50% num mês):
Bélgica – 37,44 (25,97);
Ritmo de crescimento Mundial – 34,72 (47,96);
Reino
Unido – 32,37 (9,33) (subiu 2 patamares);
Noruega
– 29,92 (15,45) (subiu de patamar);
PORTUGAL
– 29,70 (13,21) (subiu um patamar);
Suíça-
27,37 (19,46) (subiu de patamar);
Islândia
– 27,29 (12,65) (subiu um patamar);
Brasil – 24,72 (53,22) (desce de patamar);
Irlanda
– 23,79 (10,22) (subiu um patamar);
Japão- 23,40 (103,52) (desce de patamar);
Irão- 22,00 (25,49);
Canadá
– 21,44 (10,75) (subiu um patamar);
Finlândia-
21,03 (8,62) (subiu 2 patamares);
Coreia do
Sul – 20,87 (38,05);
Estados
Unidos – 20,86 (35,44);
Crescimento
ainda não controlado
(entre os 10 e os 20%)
Turquia – 18,95 (16,46);
Rússia – 18,51 (18,86);
Itália
– 17,31 (7,67) (subiu um patamar);
Em desaceleração
(entre os 5 e os 10%):
Suécia- 8,29 (5,61);
Nova Zelândia – 7,40 (13,88) (desceu de
patamar);
Austrália – 5,93 (63,95) (desce três
patamares);
Praticamente extinto
(abaixo dos 5%)
É o caso da grave situação vivida pela maior parte dos países que chegaram
a ser chamados de “inteligentes” e “fulgrais”, como a República
A China é o único país, entre os analisado, a situar-se no patamar mais
optimista.
Existe uma outra forma de observar os dados da mortalidade, a percentagem de falecidos em relação ao total de infectados, que pode ser revelador da melhor ou da pior resposta do Sistema de Saúde de cada país, da melhor ou pior actuação das autoridades, sem esquecer ainda outros factores que podem interferir, como a capacidades imunológicas da população, hábitos, envelhecimento, clima ou genética.
Situação “negativa e trágica”
(mortalidade acima dos 10% dos infectados):
Situação “preocupante”
(entre os 10 e os 5%):
França – 6,09;
Bélgica – 8,66;
Suécia – 6,46;
Canadá – 5,97;
Irão – 5,72;
Holanda – 5,56;
China – 5,21;
Irlanda – 5,09; BCG
Espanha – 4,35;
Situação “aceitável” (entre 5 e 2,5%) :
Finlândia – 3,54;
Suíça -3,38;
Alemanha – 3,29;
Austrália
– 3,25;
Média MUNDIAL – 3,00 (3,37 no mês anterior);
Brasil – 2,99;
Estados Unidos – 2,88;
PORTUGAL– 2,64 (3,18 no mês anterior); BCG
Turquia – 2,55;
Situação
“boa” (abaixo de 2,5%):
Dinamarca – 2,39;
Cuba – 2,20;
Grécia – 2,16; BCG
Noruega – 2,00; BCG
Japão
– 1,88;
Áustria – 1,80;
Coreia
do Sul – 1,78;
Rússia
– 1,75;
Nova
Zelândia – 1,68;
Índia – 1,56;
República Checa – 0,93 BCG
Palestina
– 0,73;
Israel – 0,63;
Islândia – 0,37; BCG
No geral, todos os países revelam melhorias neste gráfico, talvez devido a uma maior eficácia dos testes ou porque o vírus se esteja a tornar menos agressivo.
A excepção é a dos países assinalados a vermelho, mesmo assim apresentando
uma taxa de mortalidade inferior à média mundial, que também desceu, com
excepção da Austrália.
Apesar de uma população envelhecida, de ilhas de pobreza, de um sistema de habitação em situação crítica, da tentativa de destruição do Sistema Nacional de Saúde dos tempos da Troika, comparativamente com a situação de países mais ricos e em situação mais favorável, é caso para dizer que, até agora, apesar de tudo, Portugal é um dos países mais resilientes ao efeito da pandemia.
Pensamos que será o resultado deste ranking, quando estiver tudo devidamente contabilizado e ultrapassada a pandemia, que nos vai mostrar a verdadeira dimensão da eficácia da resposta de cada país a esta crise, e Portugal, por enquanto, parece ser um dos que se está a sair melhor na resposta à crise.
Sem mais comentários, fiquem com os dados e tirem as vossas conclusões.
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