Hoje comparamos a evolução entre 30 de Julho e 30 de Agosto.
Tal com anteriormente, continuamos a ter por base o registo de dados de um grupo de 35 de países.
Desse grupo retirámos Singapura, substituída, a partir de agora, pela divulgação dos dados de Angola.
Começamos, como é habitual, pela lista do número de mortos registados até à data de hoje, embora os dados possam ter um atraso de um ou dois dias:
TOTAL DE MORTOS POR COVID-19 em todo o MUNDO – 838 360.
Estados Unidos – 180 689;
Brasil – 119 504;
Índia – 63 498;
Reino Unido – 41 486;
Itália – 35 472;
França – 30 460;
Espanha – 29 011;
Irão – 21 359;
Rússia – 17 025;
África do Sul – 13 743;
Bélgica – 9 886;
Alemanha – 9 289;
Canadá – 9 108;
Turquia – 6 245;
Holanda – 6 211;
Suécia – 5 821;
China – 4 728;
MÉDIA MUNDIAL POR PAÍS – 4 299;
PORTUGAL – 1815 (1 722 há um mês);
Irlanda – 1 777;
Suíça – 1 724;
Japão – 1 264;
Israel – 855;
Áustria – 733;
Dinamarca – 624;
Austrália – 600;
República Checa – 419;
Finlândia – 335;
Coreia do Sul – 323;
Noruega – 264;
Grécia – 259;
Palestina – 164;
Angola (pela primeira vez nesta lista, em substituição de Singapura) – 106;
Cuba – 94;
Nova Zelândia – 22;
Islândia – 10.
Em relação ao mês anterior, registaram-se várias alterações no trágico “ranking” da mortalidade (assinalados a vermelho): a Índia passou de 5º para 3º país com mais mortos, entre os 35 países analisados. A África do Sul também subiu três lugares, a Turquia dois lugares, Portugal um lugar (piorou em relação à Irlanda), Israel dois lugares, e a Palestina dois lugares.
Apenas 2 países não registaram óbitos ao longo do mês de Agosto, a Nova Zelândia e a Islândia.
O número acumulado de mortos não nos permite, só por si, observar o ritmo de crescimento da mortalidade.
Em baixo registamos o crescimento percentual de mortes registadas ao longo deste mês, podendo observar os países onde esse crescimento é maior, mais rápido e mais preocupantes e aqueles que registam um maior abrandamento.
Situação “descontrolada” (crescimento mensal da mortalidade acima dos 50%):
Austrália – 240,90;
Palestina – 102,46%;
Israel – 85,53;
África do Sul – 83,31;
Índia – 81,51;
Palestina – 102,46%;
Israel – 85,53;
África do Sul – 83,31;
Índia – 81,51;
Velocidade de crescimento “preocupante” (entre 20% e 50%):
Brasil – 34,97;
Irão – 32,27;
Grécia- 27,58;
Japão – 25,89;
“Velocidade” média MUNDIAL – 26,78%;
Rússia – 24,51;
Estados Unidos – 21,56;
Evolução “lenta”, mas ainda perigosa (entre 10 e 20%):
República Checa – 12,33;
Turquia- 10,62;
Ritmo aceitável, mas ainda não controlado (crescimento entre 5 e 10%):
Cuba -8,04.
Coreia do Sul – 7,66;
PORTUGAL – 5,40;
A caminho da “extinção” (abaixo de 5%):
Noruega – 3,52;
Áustria – 2,80;
Canadá- 2,19;
Suécia – 2,08;
Espanha- 2,02;
Finlândia – 1,82;
Dinamarca – 1,79;
Alemanha – 1,76;
China – 1,35;
Suíça – 1,29;
França – 1,17;
Holanda – 1,07;
Itália – 0,99;
Irlanda – 0,73;
Bélgica – 0,53;
Nova Zelândia – 0;
Islândia – 0;
Reino Unido – (-) 9,57 (houve uma recontagem dos óbitos, diminuindo seu número);
Angola – sem dados comparativos este mês.
A mortalidade a nível mundial continua preocupante, mas já são muitos países a desacelerar na evolução da mortalidade.
Pelo contrário, o crescimento de infectados continua a crescer.
Embora consideremos o registo dos infectados muito falível, ele é, contudo, considerada, com pouco rigor científico, o principal índice para avaliar a posição de cada um dos países nas “listas negras” elaboradas por alguns países.
Assim, registamos aqui o ritmo de crescimento percentual ao longo deste último mês do número de infectados, em relação ao total registado no mês anterior:
Crescimento Descontrolado (crescimento mensal de infectados acima dos 50%):
Grécia- 129,18;
Índia – 123,68;
Palestina – 104,67;
Japão- 103,52;
Israel – 72,07;
Austrália – 63,95;
Espanha- 56,54;
Brasil – 53,22;
Cuba- 51,66;
República Checa- 50,49;
Crescimento Preocupante (entre 20 e 50% num mês):
Ritmo de crescimento Mundial – 47,96;
França – 46,10;
Coreia do Sul – 38,05;
Estados Unidos – 35,44;
África do Sul – 31,62;
Áustria – 29,40;
Holanda- 29,39;
Bélgica – 25,97;
Irão- 25,49;
Dinamarca -23,00;
Crescimento ainda não controlado (entre os 10 e os 20%)
Suíça- 19,46;
Rússia – 18,86;
Turquia – 16,46;
Alemanha -16,45;
Noruega – 15,45;
Nova Zelândia – 13,88;
PORTUGAL – 13,21;
Islândia – 12,65;
Canadá – 10,75;
Irlanda – 10,22;
Em desaceleração (entre os 5 e os 10%):
Reino Unido – 9,33;
Finlândia- 8,62;
Itália – 7,67;
Suécia- 5,61;
Praticamente extinto (abaixo dos 5%)
China –3,04;
Angola – sem dados comparativos.
Portugal é um dos países em melhor situação.
Note-se a grave situação vivida pela maior parte dos países que chegaram a ser chamados de “inteligentes” e “fulgurais”.
Registe-se também o agravamento da situação de países já muito atingidos pela epidemia, e que parece caminharem para uma segunda vaga, como a Espanha e a França.
Existe uma outra forma de observar os dados da mortalidade, a percentagem de falecidos em relação ao total de infectados, que pode ser revelador da melhor ou da pior resposta do Sistema de Saúde de cada país, da melhor ou pior actuação das autoridades, sem esquecer ainda outros factores que podem interferir, como a capacidades imunológicas da população, hábitos, envelhecimento, clima ou genética.
Situação “negativa e trágica” (mortalidade acima dos 10% dos infectados):
Itália – 13,36% de mortos em relação ao número de infectados registados;
Reino Unido – 12,50;
França – 12,11
Bélgica – 11,78;
Situação “preocupante” (entre os 10 e os 5%):
Holanda – 8,99;
Canadá – 7,15;
Suécia – 6,93;
Espanha – 6,60;
Irlanda – 6,21; BCG
Irão – 5,74
China – 5,23;
Situação “aceitável” (entre 5 e 2,5%) :
Angola – 4,28
Suíça -4,18;
Finlândia – 4,16;
Alemanha – 3,85;
Dinamarca – 3,73;
Média MUNDIAL – 3,37 (3,94 no mês anterior);
PORTUGAL– 3,18 (3,41 no mês anterior); BCG
Brasil – 3,14;
Estados Unidos – 3,08;
Áustria – 2,73;
Grécia – 2,64; BCG
Noruega – 2,50; BCG
Situação “boa” (abaixo de 2,5%):
Cuba – 2,39;
Turquia – 2,35;
Austrália – 2,34;
África do Sul – 2,21
Japão – 1,87;
Índia – 1,79;
República Checa – 1,76 BCG
Rússia – 1,72;
Coreia do Sul – 1,63;
Nova Zelândia – 1,59;
Israel – 0,79;
Palestina – 0,57;
Islândia – 0,47; BCG.
No geral, todos os países revelam melhorias neste gráfico, talvez devido a uma maior eficácia dos testes ou porque o vírus se esteja a tornar menos agressivo.
Este é um dos quadros que melhor consegue aferir sobre a eficácia na resposta à crise.
Neste caso é positiva a posição de Portugal, que consegue estar melhor do que países como a Holanda e a Suécia (dois mitos com “pés de barro” e em situação muito preocupante), ou que a Grécia, a Dinamarca, a Finlândia , a Áustria, ou a Alemanha, países geralmente apontados como “exemplares”.
Apesar de uma população envelhecida, de ilhas de pobreza, de um sistema de habitação em situação crítica, da tentativa de destruição do Sistema Nacional de Saúde dos tempos da Troika, comparativamente com a situação de países mais ricos e em situação mais favorável, é caso para dizer que, até agora, apesar de tudo, Portugal é um dos países mais resilientes ao efeito da pandemia.
Pensamos que será o resultado deste ranking, quando estiver tudo devidamente contabilizado e ultrapassada a pandemia, que nos vai mostrar a verdadeira dimensão da eficácia da resposta de cada país a esta crise, e Portugal, por enquanto, parece ser um dos que se está a sair melhor na resposta à crise.
Sem mais comentários, fiquem com os dados e tirem as vossas conclusões.
Voltaremos agora só daqui a um mês, com nova divulgação e análise dos dados.
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