A fotografia que se reproduz em cima foi tirada durante os treinos do Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 no passado Sábado.
Sabe-se que, no geral, as coisas correram bem, em termo do
cumprimento das normas importas pela DGS, com a excepção do que se passou em
duas bancadas num dos dias de treinos.
Não sou daqueles que, de forma “pidesca”, ando de régua e
esquadro a medir as distâncias das pessoas ou a denunciar quem não use a
máscara.
Vivemos num país democrático onde prevalece a
responsabilidade pessoal e o respeito pelas normas e, pela minha parte,
continuo a seguir as recomendações emanadas pela DGS, única instituição
credível para as emitir, apesar das hesitações, erros e contradições, normais
perante uma epidemia desconhecida, e sobre a qual todos andamos a aprender algo
de novo em cada dia que passa.
Só os fanáticos e os ignorantes têm certezas, e por isso é
normal os erros e as correcções por parte de uma instituição científica como a
DGS.
Não alinho, por isso, nos linchamentos públicos contra a
realização de determinados eventos, autorizados pela DGS, obrigados a seguir determinadas
normas de preservação de saúde pública.
Até agora, que se saiba, a maior parte das contaminações por
Covid-19 têm origem em reuniões familiares que não respeitam o recomendado, em
eventos de grupo não autorizados, no não cumprimento das regras recomendadas
pela DGS em espaços públicos, no funcionamento estrutural de muitos lares de
idosos e nas miseráveis condições de vida e de habitabilidade nos subúrbios das
grandes cidades.
Pelo contrário, que se saiba não se registaram focos ou
casos significativos relacionados com eventos públicos autorizados e
regulamentados pela DGS, como as comemorações do 25 de Abril ou do 1º de Maio,
a Festa do Avante ou as cerimónias de Fátima.
Só por pura demagogia ou fanatismo se pode continuar a
criticar esses eventos ou a fazer comparações absurdas.
No mesmo sentido, não vimos grande problema quanto à
realização do Grande Prémio de Fórmula 1, desde que se cumprissem as
recomendações da DGS.
Infelizmente parece que não foi isso que aconteceu em duas
bancadas, mostrando que, quando o lucro fala mais alto do que o interesse
público, como aconteceu no caso dessas duas bancadas, e pode acontecer nos
grandes festivais de musica ou nos estádios de futebol, as coisas correm mal.
Claro que a organização da prova, confrontada com a
situação, procurou remediar a situação.
Uma coisa que não tenho dúvida é que entre aqueles
espectadores, sem distanciamento social e muitos sem máscara, estão de certeza
muitos dos que andaram a encher as redes socias com mensagens de intolerância
fanática contra o 1º de Maio e a Festa do Avante.
Ser responsável e seguir as recomendações da DGS é a única
arma contra o fanatismo ignorante e demagógico de muitos e para combater o
COVID-19.
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