Desculpem a ignorância do “macaco”, um “macaco” que nunca disparou um
tiro e cujo único “posto” militar que teve foi o de “reservista”, mas, há três
perguntas “estupidas” que me ocorreram sobre o “caso” de Tancos.
Antes de as formular, devo explicar que a razão de as fazer partiu da
grande confusão que a comunicação social tem provocado sobre o tema, misturando
questões legítimas, com pura propaganda politico ideológica, com o bando “troikista”
do “observador” e os “seus” gobelzinhos espalhado um pouco por toda a
comunicação social, a liderar a “orquestra”.
Para mim, continuo sem perceber como uma tão grande quantidade de
material de guerra desaparece sem deixar um mínimo de rasto.
Continuo sem perceber se o dia 28 de Junho foi o “apenas” dia do
assalto ou dia em que se deu o alerta.
As desculpas sobre a falta de videovigilância também não pegam, até
porque existem outras formas de vigiar e controlar uma tão grande quantidade de
matéria, que, para se deslocar, exige, só por si, uma logística de segurança
complexa, ou corre o risco de explodir tudo nas mãos dos “ladrões”.
Se não existia videovigilância no local existe videovigilância em
muitos sítios por onde os presumíveis assaltantes passaram com o material.
Não deixa de ser igualmente estranho que os “troikistas” do “Observador”
e os seus “agentes” na imprensa de “referência”, estejam a explorar um
argumento, que a falta de perspectivas do passos-coelhismo procura atabalhoadamente aproveitar,
segundo o qual, o actual governo, para travar os cortes salarias na função
pública e nas pensões e para reduzir os impostos a quem trabalha, teria cortado
noutras áreas do Estado, como na defesa e nas forças armadas, apontando a esta
situação a tragédia de Pedrogão Grande e o “roubo” de Tancos, tentando assim fazer esquecer a responsabilidade
dos cortes cegos levados a efeito pelo seu “amado” governo troikista , esses
sim verdadeiramente desestruturantes das
Funções do Estado e com consequência realmente dramáticas para os cidadãos
portugueses, a todos os níveis.
Mas, regressando a Tancos, aí vai a primeira pergunta “estúpida”:
Houve de facto roubo??
…é que, não havendo vestígios assinaláveis, nem rasto do “assalto”, a
não ser uma rede “adequadamente” cortada, pode ter acontecido uma “coisa”,
muito habitual em esquemas de fraude e corrupção, idêntico ao das “facturas
falsas”, ou seja, pura e simplesmente o tal material “roubado” nunca ter
entrado em Tancos!!!
Isto é, o material pode ter sido “comprado” e “pago”, mas nunca ter
entrado na base, um esquema que não é muito incomum no obscuro mundo do negócio
de armamento, ficando alguém com o dinheiro, e/ou as armas, logo à partida.
Segunda pergunta “estúpida”:
… e se o material, a existir, continua em Tancos, noutro lugar ou
paiol, à espera que as coisas acalmem para poder sair convenientemente para o
circuito clandestino de venda de armamento?
…é que, se há de facto falta de gente para vigiar o paiol, também
haverá falta de gente para controlar a arrumação conveniente de um tão vasto
material!!!
Terceira e última pergunta “estúpida”.
Esta é quanto a mim a pergunta que devia ser sempre feita, mesmo que
não se confirmem as suspeitas das duas primeiras questões:
…afinal, aquele material, “roubado” ou não, é mesmo necessário para as
actuais funções e dimensões das nossas forças armadas?
Porque é que aquele material, a existir ou ter existido, estava guardado
em paióis e não era usado.
Quem tanto se preocupa com as despesas do Estado, como a malta do
Observador e os seus gobelzinhos, talvez
devesse ter começado por aqui, denunciando o grande negócio que se faz à custa
da manutenção das forças armadas, investigando quanto do material que é pago
por todos nós é mesmo útil, ou, neste caso e noutros, se tudo isto não esconde
um grande negócio, que envolve muita gente, do sector financeiro, à classe
política, passando pela conivência de altas esferas do poder militar.
E já agora não se fiquem pela “conjuntura”, a que mais interessa à
propaganda “troikista” e “anti-geringoncista”. Vão atrás do circuito, legal
e/ou ilegal, de venda de armamento e
talvez encontrem resposta para o “roubo”
Isto sim, era verdadeira investigação , mas isso não interessa à
propaganda ideológica que manda e domina na nossa comunicação social.
1 comentário:
muitissimo bom. completamente extra corrente nacional do idiotismo
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