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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Protecção Civil trava o jornalismo de sarjeta


Depois do comportamento totalmente irresponsável e oportunista de parte da comunicação social em relação aos primeiros incêndios da época, sem o mínimo de respeito pelo sofrimento das populações e pelo trabalho dos bombeiros no terreno, a protecção civil tomou uma posição corajosa que foi a de afastar aqueles irresponsáveis dos locais da tragédia, que em vez de ajudar só lá estavam para atiçar e para o espectáculo.

É uma medida que limita a “liberdade” de imprensa? Mas a nossa liberdade termina quando começa a liberdade dos outros, ou não é assim? Ainda por cima quando se estavam a ultrapassar todas as regras éticas que no jornalismo se impõe…

Não são todos iguais? Provavelmente. Neste caso pagam os justos pelos pecadores (leia-se, como “pecadores” CMTV e TVI…. os outros, com raras excepções, tentaram seguir o mau exemplo, por causa das audiências… ).

E, já agora, uma pergunta: quando fazem uma reportagem sobre educação entram por uma aula dentro sem avisarem? Ou quando fazem uma reportagem  sobre saúde, interrompem uma operação? Ou alguém entra por um programa televisivo dentro a protestar sem ser corrido????.

Quem deu o mote foram esses “jornalistas”, ao misturarem reportagem com comentário de opinião e ao explorarem politicamente uma tragédia, ao fazerem dos incêndios um espectáculo ou um “realty show”.

Aliás, em muitos anos de incêndios e tragédias nunca assisti a tanto despudorado e desavergonhado aproveitamento político.

Em Pedrogão Grande, por exemplo, inicialmente gerou-se uma onda unanima solidariedade que acabou por ser rasgada pelos ideólogos inciendiários do Observador, que resolveram lançar o mote da “responsabilidade política”, que depois foi montado pelo desorientado líder da oposição.

Os mesmos incendiários do Observador foram os mesmos que fizeram da defesa do eucalipto uma luta “ideológica”, que até já chegou às páginas do Público de hoje no despudorado título que atribui a correcta redução da plantação do incendiário eucalipto, não a uma cedência à racionalidade ambiental, mas como uma cedência do governo… à “esquerda”!!!!!

Chega!!!!

Esta limitação imposta pela Protecção Civil não é a “lei da rolha”, mas é por cobro à lei da selva!!!



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