Depois do comportamento totalmente irresponsável e oportunista de parte
da comunicação social em relação aos primeiros incêndios da época, sem o mínimo
de respeito pelo sofrimento das populações e pelo trabalho dos bombeiros no
terreno, a protecção civil tomou uma posição corajosa que foi a de afastar
aqueles irresponsáveis dos locais da tragédia, que em vez de ajudar só lá
estavam para atiçar e para o espectáculo.
É uma medida que limita a “liberdade” de imprensa? Mas a nossa
liberdade termina quando começa a liberdade dos outros, ou não é assim? Ainda
por cima quando se estavam a ultrapassar todas as regras éticas que no
jornalismo se impõe…
Não são todos iguais? Provavelmente. Neste caso pagam os justos pelos
pecadores (leia-se, como “pecadores” CMTV e TVI…. os outros, com raras
excepções, tentaram seguir o mau exemplo, por causa das audiências… ).
E, já agora, uma pergunta: quando fazem uma reportagem sobre educação
entram por uma aula dentro sem avisarem? Ou quando fazem uma reportagem sobre saúde, interrompem uma operação? Ou
alguém entra por um programa televisivo dentro a protestar sem ser corrido????.
Quem deu o mote foram esses “jornalistas”, ao misturarem reportagem com
comentário de opinião e ao explorarem politicamente uma tragédia, ao fazerem
dos incêndios um espectáculo ou um “realty show”.
Aliás, em muitos anos de incêndios e tragédias nunca assisti a tanto despudorado
e desavergonhado aproveitamento político.
Em Pedrogão Grande, por exemplo, inicialmente gerou-se uma onda unanima
solidariedade que acabou por ser rasgada pelos ideólogos inciendiários do Observador,
que resolveram lançar o mote da “responsabilidade política”, que depois foi
montado pelo desorientado líder da oposição.
Os mesmos incendiários do Observador foram os mesmos que fizeram da
defesa do eucalipto uma luta “ideológica”, que até já chegou às páginas do
Público de hoje no despudorado título que atribui a correcta redução da
plantação do incendiário eucalipto, não a uma cedência à racionalidade ambiental,
mas como uma cedência do governo… à “esquerda”!!!!!
Chega!!!!
Esta limitação imposta pela Protecção Civil não é a “lei da rolha”, mas
é por cobro à lei da selva!!!
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