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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Passos Coelho, o seguro de vida da Geringonça


A tragédia de Pedrogão Grande e o roubo de armamento em Tancos estão a ser aproveitados demagogicamente, até à exaustão, pelos troikistas para tentarem abanar a Geringonça.

Toda a tropa fandanga dos gobelzinhos da propaganda troikista, que domina a comunicação social, usa e abusa de todo aparelho demagógico ao seu dispor para abrir fissuras na geringonça.

Só há um problema para essa gente: chama-se Pedro Passos Coelho ( e por, arrasto, Assunção Cristas...).

É que, para além do “jeito” de Passos Coelho para dar tiros no pé, nenhum deles está impune às causas últimas do desvario do Estado que levou ao desencadear daqueles casos.

A profusão de boys nos escalões intermédios do Estado, que lá estão, não por competência, mas por fidelidade política ao grande “centrão”, desde o cavaquismo, passando pelo barrosismo, agravando-se durante o socratismo e o passos ceolhismo, gerou toda a incompetência que esteve na origem daquele tragédia e daquele assalto.

Por sua vez, para além do agravamento da corrupção estatal durante os tempos de Sócrates , a austeridade troikista, que teve nos gobelzinhos da comunicação social os grandes propagandistas dos cortes cegos em todas as estruturas do Estado e da redução do poder do mesmo Estado, estão a montante de todas as causas que geraram as dramática conjuntura das últimas semanas e tudo isto tem um rosto: Pedro Passos Coelho ( e, por arrasto, Assunção Cristas…).

Por isso, enquanto Pedro Passos Coelho for o rosto visível da oposição à geringonça, esta pode  estar descansada que vai sobreviver a esta difícil curva da estrada que percorre.

Ou seja, a sobrevivência da geringonça, se tem em Passos Coelho o seu melhor seguro de vida, depende apenas de si própria, ou seja, de um inquérito rigoroso, transparente e convincente que esclareça o que falhou e aconteceu, assumindo depois todas as consequências políticas e fazendo uma limpeza dos resquícios do “boysismo” socrático-coelhista no Estado e tomando drásticas medidas de gestão florestal, no primeiro caso, e de controle dos negócios de armamento, no segundo, custe a quem custar.

Costuma dizer-se que é nas curvas apertadas da estrada que se revelam os bons condutores. Esta é a oportunidade de António Costa e da sua geringonça mostrarem o que valem.

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