Segundo se revela numa notícia de hoje no jornal Público, os resultados do
mais recente inquérito sobre o Potencial Científico e Tecnológico Nacional
revelam que o ano de 2015 foi o 6ª ano consecutivo em que o investimento na
ciência cresceu menos que a riqueza do país.
O resultado é ainda herança do anterior ministro da educação e ciência,
Nuno Crato.
Nuno Crato, que apareceu como um homem "preocupado" com as questões do
ensino, critico do chamado “eduquês”, grande defensor do primado das chamadas
disciplinas “científicas” e “exactas” em detrimento das disciplinas ditas “sociais”
e “humanas”, revelou-se um grande bluff e um autêntico desastre para o ensino e
para a investigação científica em Portugal, situação agora mais uma vez confirmada
por um relatório científico.
O desastre começou quando, no governo anterior, se aceitou que o ensino
e a investigação eram áreas a cortar prioritariamente, assim como ter-se acabado
com o Ministério da Ciência e Tecnologia, um dos que mais resultados tinha dado
sob a orientação anterior de Marino Gago.
Que Nuno Crato, que vinha com a imagem, agora degradada e desmascarada (penso
que em definitivo) de homem da ciência e preocupado com a educação, se tenha
prestado ao “servicinho” de destruir uma área na qual Portugal tinha obtido
bons resultados, percebe-se agora, é o normal em qualquer carreirista.
Já que, em Portugal, muito por responsabilidade de uma comunicação
social indigente, provinciana e inculta, se criem mitos a partir de qualquer figurão
bem falante (ou escrevente, como é o caso), é de lamentar e continua a ter custos para o país.
Felizmente, o tempo encarrega-se de desmascarar os mitos com pés de barro.
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