Fundamentalismo e populismo são as duas faces do fanatismo .
O Fundamentalismo anula qualquer possibilidade de diálogo ou de
diálogo intelectual e democrático com
as suas teses, pois considera-se portador de toda a verdade e tem por objectivo
impô-la por todos os meios, desde a mera boçalidade despejado nas redes socias
aos métodos mais violentos, terroristas se necessário.
O Fundamentalismo é o “estado supremo” do fanatismo e está hoje
espalhado um pouco por todo mundo, desde o mais “soft” fundamentalismo dos
defensores da austeridade económico-social ao mais “hard” fundamentalismo dos
terroristas islâmicos. Em comum, a imposição de um caminho único para
ultrapassar a crise civilizacional dos nossos tempos.
O Fundamentalismo é o fascismo dos nossos dias.
O Populismo, por sua vez, é a face “legal” e “democrática” do
fundamentalismo.
Ambas têm em comum a mesma visão simplista sobre a crise actual.
O populismo procura dividir para reinar: emigrantes contra “nacionais”,
funcionários públicos contra trabalhadores no geral, classe média contra
pobres, empregados contra desempregados, pensionistas contra jovens precários…
O populismo grita para impor as suas ideias e para que não se oiça mais
nada à sua volta e aproveita-se das dificuldades diárias das populações para
apresentar soluções fáceis para todos os problemas, seja acusando a “oposição”
pelo dramático resultado das suas políticas irresponsáveis, com se passa na
Venezuela, seja comparando o combate à criminalidade com o genocídio nazi, como
o fez o cada vez mais perigoso presidente filipino.
A única boa notícia, uma folga para respirarmos, foi a derrota
clamoroso do neo-fascista governante da Hungria no referendo onde tentou jogar
o medo contra os refugiados.
Ao não conseguir que mais de 50% dos húngaros aderissem ao referendo,
este perdeu qualquer validade e é uma primeira brecha que se abre no muro do quase
ditador Hungaro.
Infelizmente esta é uma pequena vitória do bom senso e da democracia,
num mundo povoado de “daesh”’s, de “grupos de Visegràd”,de Putin’s, Le Pens’s, Assad’s, Netanyahu’s,
Erdogan’s, Poroshenko’s, para além dos já citados Maduro’s, Duterte’s e
Orban’s…já não falando no perigo real de a eles se poder vir a juntar um Trump…
Ao pé dessa gente e do poder mundial que possuem, o paranoico líder
norte-coreano Kim Jong-Un não passa de um ridículo cartoon…
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