A minha primeira memória de um mundo que existia para lá das casas onde
vivi na infância, da escola e das ruas à volta da minha casa, foi a do dia da
morte de Edith Piaf.
Embora só com o tempo me tenha apercebido disso, pois, dos
acontecimento que marcaram o mundo após o meu nascimento, os mais recuados no
tempo de que me conseguia lembrar eram os da morte de Piaf e do assassinato de
John Kennedy ( cujo cinquentenário acontece no próximo dia 22).
Lembro-me desse momento como se fosse hoje. Brincava então na sala da
casa dos meus pais, ainda hoje a mesma, o rádio estava aceso e lembro-me
perfeitamente de ouvir o locutor
anunciar a morte daquela cantora imortal e de, em seguida, passar um tema de
Piaf.
Só como tempo aprendi a conhecer essa voz inconfundível, mas, mais do
que isso, da importância daquele momento com o da iniciação da minha
consciência de um mundo para lá do meu pequeno mundo da infância.
Por isso, não podia deixar de invocar hoje o cinquentenário que hoje
passa sobre a morte de Edith Piaf.
Em baixo podem ler um dossier sobre do Le Matin sobre a sua vida e AQUI uma reportagem do jornal Público sobre o mesmo tema, bem como um video raro como uma das suas actuações ao vivo:
Sem comentários:
Enviar um comentário