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domingo, 26 de setembro de 2021

Abstenção e “norte-coreanos”


Hoje é dia de eleições.

O direito ao voto, pelo menos neste país, foi conquistado com muitas lutas e incompreensões, muitos foram parar prisão nessa luta.

Em muitos países, por esse mundo fora, muitos continuam a lutar por esse direito, outros pelo direito de eleições que não sejam fraudulentas.

Hoje, em Portugal, apresentam-se a eleições partidos que vão, da direita mais radical à esquerda mais radical e, em autárquicas, muitos independentes.

Por tudo isso, porque somos dos poucos países, por esse mundo fora, onde o leque de opções é vasto, onde, apesar de todos os problemas, existe liberdade de informação, e por respeito por todos aqueles que por cá lutaram, e , “lá fora”, continuam a lutar, com risco da própria vida ou de prisão, por esse simples acto de depositar em urna um papelinho com a nossa escolha, devemos recusar a abstenção.

Aqueles que veem com a desculpa de que “isto é tudo igual”, são os mesmos que passam a vida a “atirar” com a cassete da “Coreia do Norte” de cada vez que se dá uma opinião que não lhes agrada.

É caso para dizer que, esses, sim, é que “deviam ir” viver para a “Coreia do Norte”, para saberem o que era não poderem escolher ou votar.

A não ser por motivo de força maior, só se abstêm anarquistas (os únicos cujos motivos até compreedo), extremistas e defensores de regimes, cada vez em maior número, onde as eleições, ou são uma farsa, ou, simplesmente, não existem.

Por isso, votem em branco, anulem o voto, votem naqueles que eu detesto, votem no centro ou nos extremos…mas votem.

Votar é uma questão de respeito e…de civilização.

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