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quarta-feira, 25 de julho de 2018

Tragédia Grega (somos todos gregos!).



A tragédia vivida pelos portugueses no ano passado voltou mais uma vez a repetir-se, desta vez na Grécia.

Embora numa zona com características diferentes daquela onde ocorreu a tragédia em Portugal, a origem foi a mesma.

Para quem continua a desvalorizar as alterações climatéricas, aí está esta tragédia para provar o trágico resultado das mesmas…e a “procissão ainda vai no adro”!

Por cá, voltámos a ver a nossa comunicação social, principalmente a SIC, a tentar recorrer ao mesmo tipo de aproveitamento politico que já tínhamos visto o ano passado.

Desde o “procurar culpados” por um fenómeno imprevisível, (até porque a Grécia é governada pela esquerda e convém alguma contra propaganda politica) , até o tentar mais uma vez fazer um favor ao lobby nacional dos eucaliptos (uma “jornalista”, depois de ouvir um técnico a afirmar que na Grécia a floresta que ardeu era principalmente de uma espécie de pinheiro que potencia incêndios, logo se apressou a concluir, misturando “alhos com bugalhos”, que “afinal por cá andamos a diabolizar o eucalipto”. Felizmente o tal técnico não se deixou enrolar e, apesar de não se poder explicar por “falta de tempo”, ainda conseguiu, apressadamente, desmentir a “inocência” do eucalipto, tentando referir, mas sem tempo para se explicar, que ambas as árvores são perigosas e potenciam a dimensão dos incêndios provocados por fenómenos atmosféricos ou por mão criminosa. Mas o que ficou no ouvido foi a desculpabilização da jornalista em relação ao eucalipto…).

Acima do nosso jornalismo de sarjeta deve ser destacada a solidariedade europeia, não só para com a Grécia, mas também para com a Suécia que enfrenta o mesmo tipo de problemas (aqui, a inexistência de vítimas mortais justifica-se pelo tipo de povoamento desse país, onde as florestas estão longe de zonas habitadas).

O que esta tragédia vem demonstrar é, por um lado, a urgência em repensar toda a urbanização e organização florestal da Europa para fazer face à provável e cada vez mais frequente repetição de fenómenos extremos, como os que se registaram em Portugal no ano passado e na Grécia este ano, e, por outro, preparar as populações para essas mudanças climatéricas e melhorar a eficiência dos meios de prevenção e combate a incêndios.

Uma estratégia que tem de ser pensada, para já à escala Europeia, mas, cada vez mais, à escala global.

Neste momento o mais urgente é salvar os vivos e enterrar os mortos.

Por estes dias, devemos ser todos solidários.

 SOMOS TODOS GREGOS!

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