Eu sei que esta frase cheira a patriotismo barato e ingénuo.
Eu sei que os arrogantes que mandam nisto tudo não se comovem com a
miséria alheia.
Eu sei que esses intolerantes líderes não eleitos, que se comportam
como qualquer ditador de pacotilha, com a única diferença de que (ainda) não
têm poder para prender ninguém, mas com poder para se vingarem, assaltando o
bolso dos cidadãos dos países que contestam as suas medidas cegas ou
ameaçando-os com mais medidas de austeridade, sem respeitarem a vontade democraticamente
manifestada de procurar alternativas à desesperança do caminho único por eles
imposto, atirando cada vez mais cidadãos desesperados para os braços da
extrema-direita e do populismo radicalmente euroceptico e xenófobo (mas isso
não os preocupa muito, pois têm sempre o seu futuro garantido, pois a ditadura e a demagogia é o ambiente onde
melhor se movem e, se acontecer a cada vez mais previsível desgraça política
que se avizinha, terão um lugar reservado nessa “Nova Ordem Europeia”), não se
vão desviar uma linha do seu programa neoliberal de destruir os direitos socias
dos europeus.
Eu sei que não serve de nada argumentar contra esses fanfarrões bem
pagos, nem explicar que a aplicação de
sanções em Portugal é o reconhecimento do falhanço do próprio remédio que eles
impuseram ao país.
Eu sei que bater nos mais fracos e é apanágio dos fanfarrões, que assim
procuram descarregar a sua frustração perante o Brexit e desviar as atenções
para as suas responsabilidades, quer na crise financeira, quer na crise humanitária
dos refugiados que devia envergonhar qualquer líder político europeu.
Eu sei que isto não serve de nada, é uma opinião contra a maré
arrasadora dos fazedores de opinião pública, os gobelzinhos e “acompanhantes de
luxo” do ideário austeritário do Politburo de Bruxelas.
Eu sei que, “no fim ganha a Alemanha”.
Mas também se dizia isso no futebol e a selecção Alemã nem à final
conseguiu chegar.
E a equipa pelo qual os alemães torciam, a França ( também neste caso... a França...era a França!!!) e que tinha todas as forças a
seu favor, foi derrotada de forma limpa, mesmo quando não jogaram de forma
limpa, destruindo o melhor trunfo dos portugueses.
Mas, talvez um dia lhes apareça pela frente ( dos arrogantes, altivos e bem
pagos Dijsselbloem, Dombrovskis, Schauble e Moscovici, entre tantos outros...) um Éder que os remeta
para o lugar de onde nunca deviam ter saído, o caixote do lixo da História…
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