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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Sobre o 1º de Dezembro - entre a reflexão e o humor..


Não deixa de ser significativo que este governo tenha escolhido esta data para extinguir como dia de feriado.

Para poderem vender o país ao desbarato a chineses, angolanos, brasileiros, alemães e árabes, sem complexos, nada melhor do que fazer esquecer a data que recorda a independência do país.

Não deixa ainda de ser significativo que, os mesmos que fazem questão de aparecer cínicamente com a bandeira portuguesa na lapela, sejam os mesmos que destruiram a frágil coesão social e os limitados direitos sociais que foram construidos em Portugal no pós 25 de Abril, usando o simbolismo da abolição da data para agradar à troika, aos "mercados" e à srª Merkel, sem coragem para defenderem os interesses dos cidadãos portugueses nas corruptas instituições europeias, 

Não deixa de ser ainda curioso que tenha sido um governo de direita a fazê-lo, facto que, contudo, só causará espanto a quem não conhece a história da própria direita portuguesa, sempre mais preocupada com os seus negócios e em agradar aos "estrangeiros" e aos "mercados", os "novos filipes", do que em resolver os problemas dos portugueses.

Se tivessem lido a célebre frase do General DeGaulle, segundo o qual o "patriotismo é o amor pelo seu próprio povo e o nacionalismo o ódio pelos outros povos", talvez não houvesse tanta confusão nas cabecinhas neoliberais dos nossos governantes, confundindo a defesa do país, do seu povo e da sua memória (o patriotismo simbolizado pela data do 1º de Dezembro) com qualquer nacionalismo bacoco que foi usado e abusado pela propaganda do Estado Novo e da extrema-direita para "queimar" aquela data.

Está ainda por provar a utilidade da abolição dos feriados. Pelo que se sabe, Portugal já era dos países onde se trabalhava mais tempo na Europa, não sendo este o problema.Também, que se saiba, a abolição dos feriados não trouxe mais riqueza aos portugueses, antes pelo contrário, nem diminui significativamente o déficit, ao mesmo tempo que a dívida continua a crescer para níveis incomportáveis. 

A abolição dos feriados foi um dos mais abjectos e falaciosos actos deste governo, reveladores de uma mentalidade subserviente,  de ignorantes e cobardes.

Para ajudar a reflectir sobre o simbolismo da data e da sua abolição, nada melhor do que reproduzir algumas imagens e cartoon´s , sem esquecer, no final, uma icónica imagem que reproduz um dos momentos da restauração de 1640, para recordar aos indigentes governantes, de forma simbólica,  o final que conheceram os que, nesse tempo, se submeteram ou representaram a "troika" de então:























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